O grau de desconfiança em relação à economia brasileira e a algumas empresas (públicas e privadas) do País atingiu em cheio o humor dos investidores. Disso todo mundo já sabe. O que poucos já enxergam é que neste cenário controverso uma opção ganha força como investimento: as pequenas empresas. Para o matemático inglês e sócio-fundador da plataforma de equity crowdfunding (www.eqseed.com), Greg Kelly, o cenário é altamente favorável para o crescimento das pequenas empresas e, em consequência, para o ganho do investidor que queira alocar recursos nelas.
Com base em sua experiência em instituições financeiras como o Lloyds Bank, o especialista elenca oito argumentos que apontam que investir em uma startup ou pequena empresa é uma boa ideia, especialmente na crise.
1.Quais empresas vão prosperar no futuro?
Essa é uma pergunta praticamente impossível de ser respondia com exatidão, mas é fato que empresas que farão sucesso daqui cinco, dez ou vinte anos estão sendo criadas hoje. Há dez anos Uber, Whatsapp ou Airbnb eram palavras inexistentes. “Tecnologias e inovações que facilitam a vida das pessoas tendem a dar certo nos dias de hoje. E quem protagoniza essas inovações são, essencialmente, as pequenas empresas. Com o equity crowdfunding, o investidor tem a possibilidade de fazer parte de uma empresa que pode ser o maior sucesso dos próximos anos
2. Transparência
Há uma diferença enorme entre investir em uma grande companhia e em uma startup. Ao optar por uma grande empresa, o pequeno investidor enfrentará uma série de burocracias e departamentos, gerenciados por pessoas que ele tende a não conhecer ou ter acesso. Nas pequenas, ao contrário, a pessoalidade reina. É fácil entender o que elas fazem, com quem falar e como seu dinheiro investido vai ser usado. Falar com o dono? É um prazer para ele, acessível a quem investe em seu empreendimento.
3. Investimento baixo com grande potencial a longo prazo
A meta básica de todo investidor é ganhar um retorno acima de inflação. Mesmo assim, atingindo essa meta pode ser difícil utilizando as opções tradicionais. Com apenas mil reais é possível investir em uma startup por meio da EqSeed. Se ela der certo, os lucros podem multiplicar o seu investimento inicial no longo prazo. Isso leva pelo menos cinco anos para ocorrer e depende do desenvolvimento da empresa e das rodadas seguintes de investimento. O importante é assegurar que o investidor sempre tem preferência de participar nas rodadas seguintes de investimento.
4. Investimento protegido da inflação
Se o investimento der certo e a empresa tiver sucesso, os ganhos são naturalmente protegidos da inflação, já que a valorização de uma empresa acompanha a inflação. No evento que o investidor consiga vender sua parte da empresa no futuro, realizando um ganho, o valor será cotado no dinheiro desse dia, já ajustado pela inflação. Devemos lembrar que este é um investimento de alto risco. A recomendação é que essa opção não receba investimentos de mais de 10% do seu patrimônio líquido. Seguindo essas regras básicas, investimentos em startups podem e devem fazer uma parte de uma carteira de investimento saudável.
5. A crise abre cenário positivo para startups
O mercado de equity crowdfunding nasceu em plena crise econômica na Inglaterra em 2010. A situação atual do Brasil hoje tem similaridades aquela de cinco anos atrás no meu país. As grandes empresas estão fechando vagas e reduzindo operações. Ao mesmo tempo, brasileiros recém-formados estão saindo da universidade com um alto nível de ensino e capacidade, mas com menos desejo de trabalhar em grandes instituições e mais vontade de criar novos produtos e serviços com empresa própria. Por isso, muita gente altamente qualificada vai optar por empreender, criar sua empresa e fazê-la crescer. Outros vão buscar as menores companhias, onde realmente poderão fazer a diferença. Essas empresas precisaram de capital seed, o que o equity crowdfunding resolve. Ou seja, a crise é uma oportunidade, não só para as pequenas empresas, mas para os investidores.
6. Proteção legal
Ao investir em uma startup via EqSeed, o investidor ficará como credor de uma sociedade limitada (como um banco emprestando para a empresa, por exemplo) ou como um acionista de uma sociedade anônima. Nos dois casos, o patrimônio está protegido por lei, portanto não existe possibilidade de perder mais dinheiro que aquele que foi aplicado.
7. Cases internacionais
O modelo de equitycrowdfunding – mecanismo de investimento colaborativo que permite o investidor a diversificar sua carteira por apoiar PMEs através de aportes e conversão em títulos e ações – arrecadou cerca de 85 milhões de libras no Reino Unido em 2014 e vem oferecendo novas oportunidades de investimento para os britânicos e também vem ajudando a criação e estabelecimento de centenas de novas empresas valiosas desde a crise de 2008.
8 Fazer acontecer uma empresa
Investir em uma startup é investir em um produto ou serviço que deve existir para facilitar a vida de muita gente por oferecer uma maneira inovadora de fazer alguma coisa. É uma forma de fazer acontecer essas empresas que você sempre quis que existissem aqui no Brasil. Muitas vezes uma startup já tem tudo que precisa para conquistar um mercado – falta só o dinheiro inicial para dar um empurrão. E essa é uma oportunidade para o investidor participar ativamente deste processo