Por Vasco Oliveira, fundador e CEO da nstech*
Em busca por melhorias em seus processos, ganhos de eficiência operacionais, reduções de risco e superação dos desafios econômicos, as empresas no ecossistema logístico vêm implantando, cada vez mais, softwares em suas operações. E isto se fortaleceu muito com a pandemia, que tirou o e-commerce do campo da tendência e o tornou realidade, quase que uma obrigação. Em meses, a logística passou a ser, ainda mais, exigida por precisão, informações em tempo real, agilidade e tantos outros requisitos. A pandemia se foi, mas este novo padrão de exigência, não.
Sistemas isolados ou que não se comunicam com eficiência fazem com que uma empresa tenha retrabalho ou precise se relacionar com 15, 20 fornecedores de tecnologia para integrar seus softwares. Ou melhor, faziam. Porque o Open Logistics vem exatamente para acabar com isso. O conceito Open Logistics propõe a criação de padrões de comunicação entre os softwares. Desta forma, todas as soluções podem adotar este padrão e a empresa passa a ter todas as soluções necessárias para seu negócio funcionando de forma integrada, permitindo o acompanhamento da sua operação, independente de que passo do processo (e software) seu dado esteja.
E não há nada pior para uma empresa do que escolher um software ou, até mesmo, permanecer com seu atual software porque já é integrado aos demais. Isto limita os benefícios que a operação pode ter com a solução. Empresas que adotarem uma plataforma Open Logistics não terão este problema. Em outras palavras, uma plataforma Open Logistics é uma interface que permite à empresa escolher a melhor oferta de tecnologia dos vários players da cadeia, digitalizando seus processos da melhor forma possível.
Se o Open Banking nasceu para trazer benefícios e ofertas financeiras para os clientes através do compartilhamento seguro de dados entre instituições financeiras, o Open Logistics chega para tornar as operações logísticas mais eficientes, precisas e com informações em tempo real, características que passaram a ser o novo padrão de exigência do mercado. A necessidade criou o conceito e um conjunto de tecnologias que têm como objetivo viabilizar a verdadeira digitalização logística.
Mas qual seria a melhor plataforma de Open Logistics para o mercado brasileiro? A resposta é que ainda não existe nenhuma implementada. Não existia. Na nstech, por exemplo, o conceito de Open Logistics não é o futuro da logística: é um projeto em fase final, prestes a ser lançado. A partir de março, o ecossistema logístico passará a contar com sua primeira plataforma Open Logistics, que já chega com mais de 100 soluções conectadas e mais de 60.000 empresas se beneficiando. Uma plataforma aberta para todos os softwares de mercado se integrarem, segura para todos os tamanhos de operação, inovadora como a logística precisava.
E a revolução só começou! Para os próximos anos, mais soluções serão criadas e tecnologias brasileiras irão fazer parte do sistema de logística do mundo todo! E tudo isso com um único objetivo, levar transformação digital para todos os elos da cadeia logística, onde, os clientes ganham ainda mais eficiência, já que poderão escolher o melhor produto para sua operação sem ter que se preocupar com a compatibilidade (integração).
* Vasco Carvalho Oliveira Neto é fundador e CEO da nstech, mais completo ecossistema conectado de tecnologia para logística e mobilidade do mundo. Também é CEO da Niche Partners e cofundador da Tarpon. Acumula 22 anos de experiência na AGV Logística, empresa que fundou em 1998 e onde exerceu o cargo de CEO e de presidente do Conselho de Administração até 2020. É formado em Administração pela FGV (Fundação Getulio Vargas), em Direito pela USP (Universidade de São Paulo) e tem MBA pela Fundação Dom Cabral.