Por Clayton Ricardo, CFO da Idea Maker*
A forma como as empresas lidam com suas finanças está passando por uma verdadeira revolução. No centro dessa mudança está o modelo ‘Payment as a Service (PaaS)’, que permite a terceirização de processos de pagamento por meio de plataformas tecnológicas. Mais do que uma tendência, o PaaS representa uma virada estratégica na maneira como organizações estruturam suas operações financeiras.
Não se trata apenas de automatizar processos, mas de escalar com inteligência. O modelo oferece soluções flexíveis e personalizáveis, permitindo que empresas de diferentes portes e setores otimizem sua performance financeira sem abrir mão de segurança, eficiência e, principalmente, foco no core business.
O crescimento do mercado é reflexo direto dessa proposta de valor. Segundo relatório da Grand View Research, o setor de PaaS deve crescer a uma taxa anual de 20,8%, saltando de US$ 139,5 bilhões em 2024 para US$ 451,6 bilhões em 2030. Os principais vetores desse avanço são claros: meios de pagamento rápidos, seguros e com uma experiência do cliente significativamente aprimorada.
Na prática, adotar o PaaS é liberar as empresas do peso de investir em infraestrutura própria para pagamentos, além de transferir a responsabilidade de aspectos críticos como segurança cibernética e conformidade regulatória para quem é especializado nisso. Com isso, elas ganham agilidade para inovar, testar novos canais, integrar com marketplaces e aproveitar oportunidades que exigem decisões rápidas e recursos prontos.
Mais do que um sistema de pagamentos, o PaaS integra diversos serviços de pagamento em uma única plataforma, Ele une processamento de transações, cobranças recorrentes, emissão de boletos, carteiras digitais e análise de dados, ao mesmo tempo em que facilita a adoção de tecnologias como PIX, QR Code e pagamentos instantâneos. Uma pesquisa da Finextra, feita em parceria com a Volante Technologies, mostra como essa transformação está em curso: 56% das instituições financeiras já consideram o gerenciamento de liquidez em tempo real como prioridade estratégica.
Hoje, as empresas enfrentam desafios crescentes para acompanhar a dinâmica do mercado, que exige rapidez, personalização e integração multicanal. É nesse contexto que o PaaS se posiciona como solução-chave: ele permite que o ecossistema financeiro empresarial seja mais ágil, responsivo e eficiente
O objetivo do PaaS é claro: oferecer uma experiência financeira mais simples, fluida e acessível para organizações de todos os tamanhos. Em um mercado cada vez mais dinâmico, quem se adapta com agilidade sai na frente e conquista mais eficiência, inovação e competitividade.
*Clayton Ricardo tem mais de 20 anos de experiência em Finanças, formado em Administração de Empresas e Ciências Contábeis, com Pós Graduação em Controladoria e CFM (Certificate in Financial Management), teve sua carreira desenvolvida em grandes bancos e empresas do setor de serviços. Detém sólidos conhecimentos em planejamento financeiro, orçamento, fluxo de caixa e contabilidade. É responsável pelo departamento de Finanças na Idea Maker, fintech especializada em idealizar soluções digitais focadas em e-commerce de produtos com venda incentivada, soluções de pagamento e gestão e transação de dados.