Clube de Autores, do CEO Ricardo Almeida (foto) faturou R$ 8 milhões no período – venda de exemplares de autores independentes teve salto de 70%.
O Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação da América Latina, registrou um aumento expressivo no primeiro semestre de 2021, quando atingiu um faturamento de R$ 8 milhões, um crescimento de 300% frente ao mesmo período de 2020. Além disso, a venda de exemplares teve um salto de 70%.
Criado em 2009, em Joinville (SC), pelos sócios Indio Brasileiro Guerra Neto, Ricardo Almeida e Anderson de Andrade, o Clube de Autores representa 27% de todos os livros publicados no Brasil, com uma média de mil publicações por mês. Ao todo, são 72 mil títulos e 57 mil autores publicados pela plataforma.
Na visão do CEO e cofundador Ricardo Almeida, o que ajudou a impulsionar este crescimento foi o aumento de novos títulos publicados na plataforma e o surgimento de novos autores. “Notamos que, em geral, as novas obras demonstraram uma qualidade técnica mais sofisticada, incluindo capas mais sedutoras, projetos gráficos mais atraentes e textos editorialmente trabalhados, o que contribuiu para o interesse do consumidor em livros independentes”, explica.
A expectativa até o final de 2021 é dobrar de tamanho, ampliando a distribuição por canais, oferecendo novas facilidades de publicação e entregando novos serviços para os autores.
A distribuição dos livros publicados na plataforma e as vendas feitas por marketplaces e livrarias online parceiras indicam também uma mudança no comportamento do leitor, que passou a buscar cada vez mais a literatura independente. No primeiro semestre de 2020, 41% das vendas dessas obras foram por canais de e-commerce parceiros e, neste ano, o número chegou a 60%.
No ano passado, o Clube de Autores superou as dificuldades do início da pandemia com bons resultados, com aumento de 40% no volume de exemplares vendidos e de 35% no faturamento total. “Utilizamos a tecnologia como nossa aliada, viabilizando um nível de automação sem paralelos. Estamos atentos para entender e atender os autores independentes”, conta Almeida. Em 2013, tornou-se a primeira plataforma self publishing do país a receber investimento de venture capital, com o aporte de R$ 1,8 milhão do Fundo SC.