PMEs do Rio Grande do Sul registram queda de 10% na receita em maio

Índice avalia os efeitos das enchentes na economia regional; comércio teve queda de 25%, seguido das indústrias (19%) e serviços (3%)

De acordo com o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (Iode-PMEs), o faturamento das pequenas e médias empresas do Rio Grande do Sul apresentou retração de 10% em maio, em comparação com a média do primeiro quadrimestre deste ano.

O Iode-PMEs funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais, divididas em 678 atividades econômicas. Para avaliar os impactos das enchentes nos negócios gaúchos, o índice avaliou exclusivamente os fluxos financeiros dos setores de Comércio, Indústria e Serviços.

A análise dos dados do índice no Rio Grande do Sul revela que as inundações produziram efeitos mais significativos sobre as PMEs do comércio, que registraram queda de 25% no faturamento no período. O desempenho das PMEs industriais também recuou de modo expressivo e apresentou -19% em maio.

Já as PMEs gaúchas de serviço foram as menos atingidas, -3%. Neste segmento, conforme avalia Felipe Beraldi, economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem, o setor de tecnologia (empresas de ‘Informação e Comunicação’) ajudou a amenizar a queda geral. Áreas como ‘Alojamento e alimentação’ e ‘Artes, cultura, esporte e recreação’, no entanto, superaram a média vista no comércio, resultando em perdas entre 30% e 50% no período.

“A queda constatada no Estado vai na direção contrária do mercado das PMEs no Brasil, que têm apresentado um crescimento constante e abrangente em diversos setores do país ao longo do ano. De janeiro até maio de 2024, o IODE-PMEs mostra expansão de 13,5% na comparação com igual período do ano anterior. Já, especificamente na região gaúcha, no acumulado do ano até abril (antes das enchentes), o índice também indicava que o mercado local de PMEs seguia trajetória de expansão (+6% YoY)”, ressalta Beraldi.

O Rio Grande do Sul é a quinta maior economia do país e responde por 6% do PIB nacional com, aproximadamente, 1,5 milhão de empresas ativas, das quais cerca de 80% estão em municípios consideravelmente afetados pelas enchentes. Além de contribuir para metrificar os efeitos das enchentes sobre a economia gaúcha no último mês, o IODE-PMEs permitirá avaliar o ritmo de recuperação das atividades das pequenas e médias empresas do Estado em curto prazo.

Sobre o Iode PMEs
Compreendendo a relevância das PMEs no desempenho econômico do nosso país, a Omie desenvolveu o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs, que acompanha as atividades econômicas das pequenas e médias empresas brasileiras. A pesquisa é um tipo de apuração inédita entre as empresas do segmento, atuando como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais, além de oferecer uma análise segmentada setorialmente do mercado de PMEs no Brasil.

Para elaborar os índices, a Omie analisa dados agregados e anonimizados de movimentações financeiras de contas a receber de mais de 150 mil clientes*, cobrindo 678 CNAEs (de 1.332 subclasses existentes) – considerando filtros de representatividade estatística. Os dados são deflacionados com base nas aberturas do IGP-M (FGV), tendo como base o índice vigente no último mês de análise, com o objetivo de expurgar o efeito meramente inflacionário na série temporal, permitindo que se observe a evolução das movimentações financeiras em termos reais.

Sobre a Omie
Fundada em 2013 por Marcelo Lombardo e Rafael Olmos, tem o propósito de destravar o crescimento de todos os tipos de negócios, oferecendo um sistema de gestão inovador, completo e ilimitado, ancorada em quatro grandes pilares: Gestão, por meio do software; Educação, por meio da Omie.Academy; Finanças, por meio das funcionalidades de um banco digital, além de linhas de crédito e soluções para apoio à gestão de PMEs, como o Itaú Meu Negócio gestão by Omie; e Comunidade, por meio de um ecossistema que conecta clientes, fornecedores e prestadores de serviços. Líder do segmento, a empresa conta com mais de 27 mil escritórios contábeis parceiros, mais de 150 mil clientes, aproximadamente 1600 colaboradores e mais de 150 unidades de franquias no país.

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