O estranho no ninho. Era assim que os donos de negócio se sentiram ao receber a entrada da tecnologia em seu ambiente de trabalho, cerca de 10 anos atrás. Largar o lápis e a caderneta ou mesmo a planilha de Excel, parecia fora da ordem, inadmissível. Para os donos de negócio, deixar o controle manual de todo o processo de gestão de suas empresas a cargo da automação gerou desconfiança em princípio. No entanto, ao provar o sabor do ganho em organização, controle, economia de tempo e, principalmente, na assertividade da tomada de decisão em seus negócios, imediatamente, as dúvidas se tornaram certezas e segurança. Um caminho sem volta.
Nos dias atuais, em que smartphones, notebooks e a própria internet são itens fundamentais na rotina das pessoas, fazer a gestão de um negócio tornou-se simples e eficiente. No entanto, quase metade das pequenas empresas brasileiras ainda fecham as portas antes de completarem cinco anos. Como pode haver problemas de má gestão financeira e fluxo de caixa com tanta tecnologia disponível?
Ao estudar profundamente as diversas situações que levam empreendedores ao insucesso, a figura do contador sempre surgiu como um profissional altamente capacitado e preparado para ajudar as pequenas empresas a terem mais sucesso. O contador, por sua vez, viveu os últimos anos sendo considerado por seus clientes como um “mal necessário”, alguém que só traz despesas de impostos para os donos de negócio. Este cenário, nos leva à uma segunda provocação: como fazer para reinventar essa relação? Como contadores poderiam atuar mais próximos dos seus clientes e contribuir para melhorar a saúde financeira das empresas no Brasil?
A resposta é simples: além de automatizar as rotinas vividas pelas pequenas empresas, era necessário também automatizar o dia a dia dos escritórios contábeis. Ao eliminar a dor número um, de coleta e processamento de dados, os contadores se tornam mais produtivos e passam a atuar mais próximos de seus clientes, deixando-os mais satisfeitos e, então, conseguem escalar seus negócios contábeis.
Já o segundo passo representa uma completa quebra de paradigmas. Imaginem um cenário em que um dono de negócio realiza uma venda e emite uma nota fiscal. Essa transação é contabilizada e disponibilizada instantaneamente ao seu contador, que tem o trabalho de validar se algum ajuste é necessário, e ao final do mês a guia de imposto já estará programada no Contas a Pagar da empresa. A informação chegando em tempo real ao contador é a grande transformação do mercado contábil, pois cria a possibilidade do contador atuar de maneira proativa e mais consultiva, ajudando o dono do negócio nos desafios que ele enfrenta no dia a dia. Isso representa o conceito de contabilidade em tempo real, algo inédito no Brasil. Ao colocar estes dois públicos atuando juntos, 100% em nuvem, com a mesma versão das informações, faz com que empreendedores tenham visibilidade de longo prazo sobre a gestão dos seus negócios.
A revolução não para por aí, afinal, quando uma plataforma é utilizada por um público, ela entrega um valor. Ao agregar outros agentes, o valor também aumenta.
O terceiro passo vai além do fortalecimento da plataforma. Aqui, temos a criação de um ecossistema que engloba o governo brasileiro – um dos mais digitais do mundo; um verdadeiro universo de empresas de tecnologia e software à disposição das pequenas empresas para os mais variados tipos de necessidade; bancos e instituições financeiras – que têm criado ofertas específicas de olho neste mercado de pequenas empresas que cresce todos os dias; fornecedores, clientes e funcionários das pequenas empresas. Reinventar a relação do dono do negócio e seus contadores com estes agentes – que eles já se relacionam com certa frequência – também se mostra necessário.
Por que não ter todos os meios de pagamento integrados em uma única plataforma e ter a possibilidade de pagar uma conta sem ter que acessar um internet banking, por exemplo, e ter que digitar as mesmas informações novamente? Por que não conectar o seu extrato bancário ao seu contador diretamente e ter a chance de receber uma proposta personalizada de empréstimo – baseada no seu fluxo de caixa e conhecimento sobre condições de pagamento de uma parcela? E o melhor – tudo isso com apenas poucos cliques. Por que não ter a possibilidade de abrir uma empresa, fazer a gestão dos seus clientes, pagar seus funcionários, tudo com poucos cliques?
A tecnologia chegou e a era da economia das plataformas abre um leque de oportunidades para as pequenas empresas. Uma melhor gestão financeira, aliada à consultoria estratégica da contabilidade e um processo de comunicação com importantes agentes do ecossistema, faz com que o mercado de empreendedorismo no Brasil se fortaleça, aumente sua representatividade no PIB e impacte positivamente a economia do país.
Empresas menores têm facilidade para se adaptar ao novo, garantindo eficiência e produtividade com impacto certo em seus resultados. Nós sabemos que são muitos os desafios para as PMEs brasileiras, porém, a tecnologia é forte aliada nessa superação de obstáculos e na organização. Isso, sem dúvida, refletirá em diferencial competitivo que as farão seguir pelo caminho do crescimento sustentável. Aposte sem receio, pois o retorno é certo.