Já podemos iniciar esse texto com a resposta à pergunta proposta: Bem, porque a área de RH gerencia as pessoas dentro de uma corporação e, sem pessoas, não há empresa. Simples assim? Poderia até ser, mas não é só isso. O RH tem ido muito além dessa função e hoje é um segmento estratégico para todos os demais setores de uma empresa, sendo auxiliar e preponderante no planejamento de qualquer ação.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o segmento de Recursos Humanos não somente vem crescendo e aumentando a sua importância, como também é destaque entre os 10 setores com maior faturamento. Em uma pesquisa realizada com 5 mil empresas de diversos segmentos dos Estados Unidos (Inc. 5000), a área de Recursos Humanos foi a sexta que mais faturou em 2013, incluindo consultorias e websites específicos. Segundo a revista Inc., organizadora da pesquisa, o setor cresceu 112% em faturamento nos últimos três anos. De acordo com a pesquisa, esse “boom” se dá por conta do crescimento também acelerado de outros setores de negócios.
Engana-se porém, quem acredita no papel secundário do RH, com o pensamento de que, se as empresas em geral estiverem em declínio, o RH também ficará defasado. O motivo? Vamos propor uma análise: imagine que você seja um empresário e sua receita venha caindo. O mercado não está bom e as vendas estão baixas. Assim, não há nada que você possa fazer senão tentar cortar custos enquanto o mercado não melhora. E que área mais efetiva nessa hora que o RH? Ela pode remanejar funcionários, diminuir horas extras, propor férias, auxiliar na definição de possíveis demissões, entre outras saídas para enfrentar o momento.
Por outro lado, o RH é vital para o crescimento da empresa. É sua função selecionar os talentos adequados para determinadas atividades, manter os colaboradores motivados e engajados às estratégias da empresa, principalmente por meio da área de treinamento, importantíssima para a empresa, além de ajudar a entender as necessidades de cada um. O auxílio aos gestores na hora de, por exemplo, promover um colaborador, é extremamente importante, já que só a área de Recursos Humanos consegue mapear o perfil profissional de cada um para ter certeza de que o colaborador se encaixa no novo cargo. O RH também estimula a multidisciplinaridade, para que todos conheçam todas as áreas da empresa e como cada uma funciona. Assim, fica muito mais fácil entender as estratégias de crescimento da empresa e crescer junto com ela. Tudo isso fora as demandas mais básicas e burocráticas, como folha de pagamento, planos de saúde, admissão, demissão, licenças, carga horária e mais inúmeras funções.
E não pense o RH é um “luxo” que somente grandes empresas podem ofertar. Pequenas e médias empresas demandam um RH ainda mais efetivo, já que costumam ter um menor orçamento e precisam manter as empresas altamente produtivas, com um staff bastante enxuto, porém motivado e muito alinhado às estratégias do negócio. Fica claro, portanto, que, em toda e qualquer empresa, o setor de Recursos Humanos – seja ele interno ou terceirizado – é decisivo para a sua estratégia de crescimento.
*Carolina Farah é diretora comercial da Sinergia Recursos Humanos
