Práticas ESG: tendências e pré-requisitos para competir no mercado

Por Igor Vazzoler, fundador e CEO da Progic*

Atualmente, na hora de comprar produtos ou serviços e investir em empresas, os consumidores passaram a analisar outros fatores para além de preço, qualidade e lucro, tais como a adoção de práticas sustentáveis, a responsabilidade social da empresa e o nível de transparência. Assim demonstra a pesquisa EY Future Consumer Index 2021, 61% dos consumidores brasileiros passaram a observar os valores praticados pelas empresas das quais pretendem adquirir.

Implementar as práticas da sigla tem deixado de ser apenas uma tendência e tem se tornado um pré-requisito para competir e sobreviver no mercado. Inclusive, demonstrou-se que empresas com boas ações ESG tiveram um melhor desempenho financeiro.

Ainda pensando nos ganhos financeiros, um estudo da consultoria McKinsey & Company demonstrou que a adoção dessas práticas pode impactar significativamente na eficiência operacional das empresas, o que reduz custos e aumenta a produtividade.

Além disso, também acaba atraindo e retendo talentos, já que atualmente os profissionais apresentam interesse em trabalhar em empresas com propósitos maiores e envolvidos com causas sociais e ambientais.  Uma análise feita pela Bloomberg estima que a agenda ESG deva atrair US$53 trilhões em investimentos em 2025.

Para o sucesso da implementação da estratégia ESG, é importante levar em conta que não dá para esperar soluções e fórmulas prontas, cada organização vivencia uma realidade com desafios e possibilidades diferentes. Por isso, é sempre interessante contratar profissionais qualificados para auxiliar em cada etapa do processo ou qualificar seus colaboradores para isso.

A partir de uma visão clara da realidade atual da empresa e com a ajuda de um profissional especializado, é possível definir quais são os objetivos por trás da implementação das práticas de ESG. É interessante escolher metas mensuráveis e com prazo, para verificar constantemente quão perto está da conclusão do objetivo e ter recurso de análise para saber se estão no caminho certo.

Outro fator importante que vai impactar no sucesso dessas práticas ou não será o envolvimento e o comprometimento da governança corporativa com o objetivo. É o “G” que vai inserir as ações do social e do ambiental na cultura da empresa, tornando a comunicação cada vez mais transparente e eficaz, práticas de remuneração justa, desenvolvendo políticas e projetos dentro da empresa considerando a responsabilidade social e a possibilidade de ação da organização

Por fim, é sempre importante avaliar o andamento e os resultados obtidos a fim de analisar o sucesso das estratégias ou não, por isso a importância de definir objetivos claros e mensuráveis. Dessa forma, é possível identificar oportunidades de melhorias contínuas.

*Igor Gavazzi Vazzoler é fundador e CEO da Progic, empresa líder em TV Corporativa no Brasil. Engenheiro eletricista pela Universidade Federal de Santa Catarina (2005), com MBA em Gestão de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas (2007), Igor fundou a Progic (2008) e atuou na estruturação de todas as áreas da empresa, que atualmente é líder no mercado de TVs corporativas no Brasil.

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