Por André Cruz, CEO da Digital Manager Guru*
Durante muito tempo, empreender no digital era quase como jogar uma moeda para o alto: você postava, impulsionava um anúncio e torcia para que desse certo. Esse tempo acabou. O mercado amadureceu e, com ele, as exigências para quem quer realmente crescer. Hoje, não basta vender, é preciso estruturar uma operação capaz de gerar resultados previsíveis, consistentes e sustentáveis.
Prosperar no digital exige abandonar o improviso e assumir o controle. Significa construir um funil sólido, analisar ROI com rigor, integrar marketing e vendas e, acima de tudo, entender profundamente o comportamento do cliente. Em outras palavras, deixar de ser refém das plataformas e algoritmos que mudam de uma hora para outra e podem colocar seu negócio de cabeça para baixo.
Não falo isso por teoria. Em mais de duas décadas de jornada, vi negócios brilharem e desmoronarem com a mesma velocidade porque estavam apoiados em areia movediça: dependência de tráfego pago sem estratégia, ausência de métricas confiáveis, ausência de controle sobre seus próprios ativos digitais. Prosperar, para mim, sempre foi sinônimo de construir bases firmes, e não castelos de areia.
A realidade é clara: quem não mede não cresce. Pesquisas recentes apontam nessa direção. A segunda edição do relatório “State of the Connected Customer”, da Salesforce, mostrou que 80% dos consumidores consideram a experiência oferecida por uma empresa tão importante quanto o próprio produto ou serviço. Isso significa que o cliente não olha apenas para o que você vende, mas para como você vende. A jornada de compra, o atendimento, a clareza das promessas e a consistência da entrega são fatores determinantes para a fidelização.
Outro dado relevante: quase 98% dos líderes de marketing no Brasil pretendem ampliar o uso de inteligência artificial em 2025, e mais de 95% já perceberam aumento de ROI com essa tecnologia, aponta a Hubspot no estudo “A Realidade do Marketing no Brasil 2025”. Isso mostra que estratégia e inovação caminham juntas. Não se trata de usar IA como moda, mas de aplicá-la para ganhar eficiência, analisar dados com profundidade e tomar decisões melhores.
Do amadorismo ao controle estratégico
Mas números por si só não mudam nada. O que altera-se é a postura do empreendedor diante deles. Ao longo da minha carreira, descobri, na prática, que sem gestão de métricas, revisão constante do funil e integração real entre áreas, a operação vira um barco furado: entra receita, mas ela escorre pelos vazamentos.
Deixar de ser amador no digital é essencial. O mercado não sustenta o improviso. E o preço da ingenuidade é alto: algoritmos mudam, contas podem ser bloqueadas sem aviso, plataformas decidem as regras do jogo. Se você não controla sua própria estrutura, acaba dançando conforme a música que os outros tocam.
Por isso, meu conselho para quem quer prosperar é simples e direto: assuma o controle. Isso significa olhar para além da venda imediata e construir uma operação que resista ao tempo. Crie processos claros, tenha previsibilidade financeira, e entenda o custo real de aquisição de clientes. Avalie constantemente se o retorno está vindo de fato, ou se você apenas está girando a roda para manter as aparências.
Prosperar é ter consistência, não sorte. É unir estratégia, tecnologia e autonomia para que o seu negócio sirva a você, e não o contrário.
*André Cruz possui mais de 20 anos de experiência em criação de soluções inteligentes por meio de sistemas, além de sólida trajetória no setor de e-commerce. Atuou como Gerente de Relacionamento na VTEX, onde desenvolveu estratégias para otimizar operações de e-commerce; foi Sócio e Gestor de TI do BioStore Ecommerce Group, consultoria especializada em e-commerce, sendo o primeiro parceiro 100% nacional da Magento.
A frente da Digital Manager Guru, plataforma de vendas online que centraliza tudo o que é necessário para uma estratégia digital eficaz, incluindo checkouts de alta conversão, métricas e indicadores, ROI em tempo real e centenas de integrações com ferramentas de marketing e pós-vendas. A empresa cria um ecossistema completo para turbinar vendas online, movimentando mais de R$3 bilhões por ano e com atuação no Brasil, Europa e Estados Unidos.



