Sair de emprego para abrir novo negócio é uma boa ideia?

Cada vez mais, planos que estavam na gaveta, como o sonho de criar uma marca e de ter o próprio negócio, se concretizam no mercado de trabalho brasileiro. Acontece que a falta de planejamento e de uma avaliação mais criteriosa para empreender pode ser um “balde de água fria” na vida de quem quer apostar em sua nova ideia e conquistar clientes no ramo escolhido.

O alerta é do diretor geral da People+Strategy, João Roncati, e serve tanto para o funcionário de uma empresa que vê uma oportunidade de negócio para alçar voo sozinho, quanto para empresários que querem mudar de segmento e explorar novas frentes de atuação.

“No primeiro caso, em que a pessoa é funcionária, devem ser levadas em conta as seguintes questões: é possível mostrar as ideias ao empregador e, assim, ter reconhecimento e promoção? Que prós e contras se apresentarão caso eu decida apostar na minha ideia sozinho?”, avalia João Roncati.

Decidindo abrir uma empresa, o futuro empreendedor deve estar ciente de que estudar o mercado de maneira minuciosa, pesquisar o investimento “de partida”  e o capital de giro necessários, entre outras ações são fundamentais para que o negócio tenha sucesso.

“O empreendedor (ou futuro) que tem um boa idéia não pode se antecipar e mudar sua vida profissional de uma vez, apenas porque acredita ter o melhor produto ou serviço a ser oferecido”, esclarece João. “Antes, recomendamos dar um passo para trás e analisar o horizonte de consumidores, concorrência, para que ele não se sinta frustrado e tenha problemas ainda na posição de largada”, avalia.

Outro ponto muito importante é que a frustração na função ou na empresa que o profissional trabalha, não é motivo suficiente para ser empreendedor. É necessário uma boa idéia, investimento, perfil e, capacidade de implementação.

A preocupação tem sentido. Pesquisa realizada pelo Sebrae, em 2013, sobre a causa mortis das empresas mostrou que metade dos estabelecimentos abertos no País fecham em até quatro anos, em média. O dado vem acompanhado de um índice significativo: mais da metade dos empreendedores entrevistados sequer tinham realizado planejamento básico antes de entrar em operação. E o curioso é que 37% deles abriram as empresas por vontade de empreender.

João Roncati explica que essa é uma falha comum no mundo do empreendedorismo. “Sem um planejamento de negócio, o empreendedor se vê em sérios riscos de a ideia não dar certo. Mesmo que ele tenha entusiasmo, dedicação para seu próprio negócio, encare o desafio de ser independente e contrate até uma equipe parceira e disposta a crescer, a empresa simplesmente não vai para frente. Organizar o esforço é vital”.

Como fazer planejamento de negócio

Ainda que, de acordo com o Sebrae, 69% dos empreendedores tenham aberto a empresa por terem percebido um nicho de mercado em potencial, boa parte deles ignora itens básicos para o planejamento do negócio.

“Conhecer o mercado, investigar a concorrência e descobrir como eles vendem, definir os segmentos de clientes e seus desejos, são preocupações iniciais na abertura de qualquer empresa”, orienta João.

“É preciso estar atento a detalhes, desde a localização do negócio, os investimentos, até saber a forma jurídica e o enquadramento tributário da empresa”. Empresas de consultoria e instituições de apoio à gestão empresarial podem ser ótimas aliadas nessa tarefa.

Sobre a People+Strategy

A People+Strategy Consultoria Empresarial, ou P+S, é uma empresa brasileira de consultoria que integra a abordagem de Estratégia e Planejamento, com a implementação da Gestão por Competências e o Desenvolvimento Humano. Atua fortemente com business efficiency, mudança organizacional e cultura empresarial. Mais informações em:www.peoplestrategy.com.br

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