Startups de serviços são as que mais atraem investidores

As startups do setor de Serviços são aquelas que mais atraem aporte financeiro dos investidores, principalmente as que atuam nos segmentos de educação, tecnologia e saúde. Essa é uma das informações reveladas por uma pesquisa inédita realizada pelo Sebrae em São Paulo, que desvenda alguns segredos da relação entre esses novos empreendedores e aqueles que investem seus recursos em um negócio de risco, conhecidos como “anjos”.

O estudo, chamado Lado A e Lado B – Startups, mostra que 97% dos investidores buscam startups de Serviços para formar sua carteira de investimentos. Em seguida, os setores mais procurados são Comércio (50%), Indústria (47%) e Agronegócio (23%). Em relação aos segmentos, os preferidos são educação (alvo de 30% dos investidores), tecnologia (30%), saúde (27%), transporte/mobilidade urbana (20%) e serviços financeiros (17%).

A maioria dos investidores (80%) procura startups já em fase de operação, mas 63% também declararam buscar empreendedores na ideação, ou seja, ainda estruturando seu negócio. Sobre o valor dos investimentos, os aportes variam de R$ 50 mil a R$ 3 milhões.

O estudo confirma que existe uma busca mútua no mercado entre empreendedores e investidores, mas a percepção dos pontos fracos no relacionamento muda de acordo com o lado: empreendedores apontam a interferência dos investidores no negócio como a principal queixa; os investidores, por sua vez, citam as dificuldades do dia a dia e a falta de comprometimento dos empreendedores.

“O que os une é a perspectiva de ter retorno financeiro no negócio, mas o investidor quer ver engajamento e proatividade para ter confiança na startup. O empreendedor dessa área deve ser um ‘caçador de respostas’, alguém proativo, que está sempre atrás de soluções”, afirma Renato Fonseca, gerente de Acesso à Informação e Tecnologia do Sebrae em São Paulo.

Perfil

A pesquisa também faz um perfil do ecossistema das startups. Em geral, os empreendedores são jovens (média de 33 anos) e têm alto grau de escolaridade; os investidores não chegam a ser de uma geração distante: a média de idade deles é de 41 anos. Quase metade (48%) dos empreendedores tinha emprego antes de iniciar a startup; depois disso, 73% passaram a dedicar seu tempo integralmente a ela.

Para realizar o estudo Lado A e Lado B – Startups, o Sebrae em São Paulo entrevistou 113 empreendedores de startup, representando o Lado A, e 36 investidores/apoiadores,responsáveis pelo Lado B da relação. Todos atuam no estado de São Paulo e as entrevistas (quantitativas e qualitativas) foram feitas entre setembro e novembro de 2015. A íntegra da pesquisa também identificou pilares do ecossistema e os principais desafios para implementar uma cultura empreendedora entre donos de startups no Brasil.

Veja a versão completa da pesquisa aqui.

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