Fundos de investimento e empresas continuam de olho na movimentação do mercado aguardando a melhor oportunidade de comprar outras marcas. Empresas de todos os segmentos, de indústrias ao franchising de varejo, devem estar prontas para receber boas propostas de compradores. Algumas estão sendo criadas ou totalmente modificadas para se tornarem visíveis e atraentes.
As propostas, entretanto, só chegarão para aquelas que estão bem estruturadas, dentro do contexto competitivo de hoje, que tenham real potencial de expansão e crescimento e que, acima de tudo, tenham luz própria, ou seja, estejam vivas de fato e não sejam meros conglomerados de pessoas e recursos.
Uma empresa viva é aquela que possui qualidades e energia suficientes para acompanhar a maratona de velocidade em que o mercado globalizado se transformou.
Para saber se uma empresa está viva, não são necessários demorados diagnósticos e sim a análise de alguns de seus principais indicadores, que podem ser verificados através de algumas perguntas básicas:
1 – Sua marca está claramente posicionada e as estratégias são integradas a este posicionamento, de forma que qualquer funcionário possa dissertar sobre isso?
2 – Seus processos são bem definidos e conhecidos pelas equipes, a ponto de serem efetivamente respeitados e modificados sempre que exista a possibilidade de melhoria?
3 – Seu modelo de negócio e de gestão foi renovado ou é o mesmo que “no passado nos levou ao sucesso”?
4 – Existe um constante desenvolvimento de serviços e produtos ou são os mesmos oferecidos nos últimos cinco anos?
5 – Sua comunicação com o mercado é precisa e clara ou é confusa ou praticamente não existe?
6 – As equipes e as lideranças agem de forma tão autoconfiante a ponto de poderem ser classificadas como “operando numa zona de conforto”?
7 – É comum que as pessoas de todos os níveis tenham o costume de justificar os resultados, sempre encontrando razões que mostrem que “nada mais podia ser feito”?
8 – As decisões são lentas e difíceis e acabam muitas vezes em “ações não implantadas”?
Empresas que têm respostas inadequadas a estas questões básicas devem iniciar, com extrema rapidez, um processo de revitalização e mudanças que devem partir do alto escalão, de onde emana a cultura e os modelos.
Não existe mais tempo e espaço para empresas mal posicionadas e mal estruturadas, sendo que os exemplos de sucesso apontam para os caminhos a serem seguidos, mesmo que este caminho produza dor e exija um esforço que muitas vezes só é possível com o auxílio de especialistas.
No mercado atual, o oxigênio da inovação é o que manterá a sua empresa viva!
Paulo Ancona Lopez é diretor da Vecchi Ancona – Inteligência Estratégica. É também coautor do livro A Nova Era do Franchising (paulo@vecchiancona.com.br) www.vecchiancona.com.br / (11) 3841-9676