Estamos diante de uma revolução sem precedentes. As crises políticas, econômicas e sociais que se alastram cada vez mais rápido, dão sinais claros de que a comunicação está cada vez mais volátil, incerta, complexa, ambígua e globalizada.
As pessoas estão conectadas o tempo todo e não percebem o despreparo para reagir a este novo mundo disruptivo que está mudando a forma como nos relacionamos, vivemos, trabalhamos e consumimos. A velocidade de tudo é tão acelerada que empresas que voam pela noite em berço esplêndido, acordam pela manhã descapitalizadas após o flagrante de um celular.
As redes sociais fugazes produzem conteúdo sem filtro de veracidade e tais informações se espalham como zumbis em nossas linhas do tempo consumindo a CARNE, e deixando FRACA nossas defesas para o que é certo ou errado. Atos de Corrupção do tempo do império são desmascarados por delações digitais e totalmente politizadas. Óleo, petróleo, concreto e política surgem no novo dicionário como sinônimo de corrupção e promiscuidade.
Sobre este assunto, tem-se que a corrupção é algo que deve ser, definitivamente, banido das organizações e, para tanto, aconselha-se a inserção de políticas sérias de Gestão de Riscos, Compliance e Ações Anticorrupção seja condição “sine qua non” em todas as instituições, sejam elas públicas ou privadas.
Dentre as maneiras de se demonstrar o comprometimento em barrar a corrupção, pode-se citar: (i) a criação de regras claras relacionadas à combater o suborno por meio de uma cultura de integridade, transparência e conformidade com as leis e regulamentações aplicáveis; (ii) o estabelecimento de políticas, procedimentos e controles, no mesmo sentido; e (iii) a criação de mecanismos que demonstrem para as autoridades, investidores, acionistas, fornecedores, colaboradores e a sociedade em geral, o comprometimento em adotar controles eficazes, pautados em padrões internacionais, para vetar o suborno em todas as suas formas.
Para aqueles que desejam manter-se fieis a políticas sérias antissuborno, vale mencionar que chegou ao BRASIL, um pouco atrasada, mas extremamente necessária, a norma ABNT NBR ISO 37001:2016.
A quem ela interessar, seus requisitos são genéricos e podem ser aplicáveis a qualquer organização, ou parte dela, independentemente do tipo, tamanho e natureza da atividade, seja do setor público, privado ou sem fins lucrativos.
Ao implementar a ISO 37001, a empresa aumenta o valor da sua marca, melhora a sua imagem e adota mecanismos de identificação e gerenciamento de riscos do negócio, mas apenas isto não basta. Este “novo mundo” não permite mais atitudes sem valor e nosso sucesso ou fracasso pode ser determinado em nossas redes sociais por nossas ações e comportamentos diários.
Precisamos aprender rápido com os erros e corrigi-los de forma ainda mais célere, para que não percamos o rumo do negócio. É necessário desconstruir a máxima de que em um mundo globalizado e capitalista, os empresários e empresas visam somente o lucro.
O reconhecimento de uma marca por seus valores e dedicação é o grande desafio do momento. Destacar-se através de ações de Marketing autênticas e ao mesmo tempo isentas de opinião tendenciosa e preconceituosa é a tônica do Marketing Digital. Se refletirmos, é possível compreender que as empresas, ou suas marcas, são o espelho de seus valores e a coerência entre o que se faz e o que se ela fala tem, de fato, grande peso. Os resultados colhidos são fruto do relacionamento com a sociedade não só pelas boas ações, mas também através das falhas, erros na gestão, corrupção, declaração mal interpretada ou até mesmo uma informação equivocada.
Nesta nova realidade, onde todos somos um pouco jornalistas, tudo serve para construir ou destruir uma imagem. Por isso é necessário enxergar o cliente, o colaborador ou qualquer outra parte interessada (stakeholders) como fortalecedor da sua marca e investir na construção de um relacionamento sólido com todos.
Deivison Pedroza é CEO do Grupo Verde Ghaia e palestrante, com formação em Direito e Engenharia Mecânica- https://www.consultoriaiso.org/