O acelarado ritmo do desenvolvimento tecnológico e as inovações disruptivas, juntamente com a resistência organizacional à mudança, são as maiores preocupações de 2018 ao menos para um grupo de 728 executivos, composto por líderes empresariais de diversas regiões do mundo. Os membros foram ouvidos pela consultoria global Protiviti durante os meses de setembro a novembro de 2017 para participarem do relatório “Perspectivas de Executivos para os Principais Riscos em 2018”.
Realizada por meio de uma avaliação online, em que os profissionais respondiam 30 questões individuais, usando uma escala de zero a dez, a atual edição do estudo sinaliza que, em termos globais, 2018 será um ano ligeraimente menos conturbado se comparado a 2017.
Do contrário do ano passado em que as incertezas econômicas lideraram o ranking dos maiores medos executivos, sendo escolhido por 72% dos entrevistados, neste ano a rápida velocidade das inovações disruptivas e as novas tecnologias foram escolhidos como o risco mais eminente para as empresas. “As ameaças relacionadas à segurança cibernética impulsionaram este medo. Tanto que se tornou um risco à parte neste ano, particularmente depois de ataques cibernéticos em grande escala, como o WannaCry”, completa Fernando Fleider, sócio-diretor da Protiviti Brasil, consultoria global especializada em gestão de riscos, auditoria interna, compliance, gestão da ética, prevenção à fraude e gestão da segurança.
Paralelo aos avanços tecnológicos, as preocupações mais críticas destacadas pelos executivos são: desastres naturais de impactos catastróficos, crescimento do mercado de ações, trocas de lideranças políticas, terrorismo, eleições na Europa e ameaças de conflitos nucleares. No Brasil, pelo fato de ser um ano de eleições, as incertezas políticas estarão em pauta. E, do ponto de vista da América Latina, o tema compliance continua na agenda dos executivos em função das prisões e processos judiciais, ocorridos em países como Brasil, Argentina e Peru.
Veja a lista completa dos 10 maiores riscos identificados para os negócios em 2018
1. A rápida velocidade das inovações disruptivas e novas tecnologias pode ultrapassar a capacidade das organizações de competir ou gerenciar o risco adequadamente, com mudanças significativas nos artuais modelos de negócios;
2. A resistência à mudança poderá restringir a organização de realizar ajustes necessários no modelo de negócios das operações principais;
3. A empresa não estará suficientemente preparada para gerenciar ameaças cibernéticas em grande escala, tais como WannaCry e Mega Ataque na Europa, ocorrindosem 2017;
4. As mudanças regulatórias e escrutínio do regulador podem aumentar;
5. A cultura da organização não incentivará a identificação e o reporte das questões de risco;
6. Os desafios relativos à capacidade de atrair e reter os principais talentos da companhia podem limitar o alcance de metas operacionais;
7. Assegurar a boa gestão de privacidade e segurança da informação, bem como a proteção do sistema exigirão dos executivos recursos significativos;
8. As condições econômicas nos mercados que atualmente atendemos podem restringir significativamente as oportunidades de crescimento;
9. A incapacidade de utilizar a análise de dados importantes para alcançar inteligência de mercado e aumentar a produtividade e eficiência afetará a gestão das operações e os planos estratégicos;
10. As companhias existentes não serão capazes de atender as expectativas de desempenho relacionadas à qualidade, tempo de mercado, custo e inovação, como também os concorrentes, especialmente os que nasceram de forma digital e com uma base de baixo custo para suas operações.