10 trajetórias que servem de inspiração nesta data

No Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino conheça 10 mulheres que fazem a diferença

Apesar de haver ainda muitos motivos para lutar – e muitas conquistas para celebrar – a data de 19 de novembro é uma iniciativa das Nações Unidas para incentivar mulheres que criam e comandam seus próprios negócios, além de ser uma campanha contra a desigualdade de gênero no mercado de trabalho. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sebrae, em 2019, apenas no Brasil há 9,3 milhões de mulheres à frente de um negócio, sendo que 45% delas são chefes de família, ou seja, responsáveis pela principal e, muitas vezes, única renda de seus lares. Apesar de, em comparação aos homens empreendedores, elas terem escolaridade 16% superior, seus negócios faturam 22% menos. Outro problema apontado pelo estudo é que as mulheres possuem maiores índices de desistência ou falência em relação aos homens: a taxa de conversão de “empreendedoras” em “donas de negócio” é 40% mais baixa.

Com tantos desafios para serem superados, sabemos que há ainda um longo caminho a percorrer. Por isso, para incentivar você, mulher, a começar o seu próprio negócio, ou quem sabe não desistir de um sonho já iniciado, listamos 10 mulheres que são verdadeiros exemplos e razões para comemorar essa data.

Natália empreendedoraNatalie Melaré, fundadora e presidente do Instituto Devolver
Natalie é um forte exemplo de como é possível recomeçar. Executiva na área de marketing, com atuação em diversas grandes empresas, em 2018 desistiu da carreira para se dedicar a sonhos importantes: mudar a educação no Brasil, transformar a realidade de jovens e adolescentes e auxiliar projetos sociais e ONGs. Foi assim que a empreendedora social criou o Instituto Devolver, uma organização sem fins lucrativos para apoiar crianças e jovens em situação de vulnerabilidade. Atualmente, o Devolver já arrecadou mais de R﹩ 1,2 milhão, impactou mais de 15 mil pessoas, apoia 59 instituições e possui 15 empresas parceiras.

Maria Augusta Orofino escritora empreendedoraMaria Augusta Orofino, palestrante, pesquisadora, educadora corporativa e escritora
Maria Augusta Orofino, que acabou de lançar o livro Liderança para Inovação, antes empreendia no ramo de eventos, fechou a própria empresa para ingressar em um mestrado em Engenharia e Gestão do Conhecimento, tornando-se uma das pioneiras no ecossistema de inovação, principalmente na região de Santa Catarina, onde coordenou a implantação de 13 pólos de inovação. TEDx Talker, palestrante, pesquisadora, professora, educadora corporativa nas áreas de Inovação, Liderança e Metodologias Ágeis, conteudista e apresentadora de programas de capacitação na UOL Edtech, Grupo Anima e HSM University, contabiliza mais de 7460 pessoas atendidas entre palestras e workshops.

fernanda empreendedora AfrobusinessFernanda Ribeiro, COO da Conta Black e Presidente da AfroBusiness
Cofundadora da Conta Black, primeira conta digital criada por negros no Brasil, que é focada em promover o acesso a serviços bancários da população desbancarizada, Fernanda também é fundadora da Associação Afrobusiness Brasil. Formada em turismo e pós-graduada na área de comunicação corporativa, a empreendedora atuou em empresas multinacionais do segmento aéreo nas áreas de qualidade, e-commerce, experiência do cliente, treinamento e comunicação interna. Dedica-se ao desenvolvimento de programas para fomento da diversidade, inclusão econômica e social relacionados às temáticas de gênero e raça, no empreendedorismo.

Vera Bermudo, Cofundadora e Líder em Finanças e Parcerias Estratégicas do Chá Dō
Possui PhD pela Universidade da Flórida, Mestre pelo IBMEC e MBA pela Universidade Federal Fluminense em Finanças e acumula uma carreira de sucesso como executiva de grandes empresas, como AT&T, Embratel, General Electric, Makro e Pernambucanas. Mesmo com toda essa bagagem, a atual professora de MBA de Finanças da FGV e membro do Women Corporate Directors, entidade privada que fomenta a participação de mulheres em Conselhos corporativos, decidiu explorar o seu lado empreendedor e assim fundou o Chá Dō , empresa especializada em chás, acessórios e treinamentos para o consumo da bebida, que nasceu durante a pandemia e tem como missão inovar e levar a cultura do chá para a população.

Luana empreendedoraLuana Ribeiro, CEO e uma das fundadoras da DevApi
Formada em Sistema da Informação pela Universidade Paranaense (Unipar) e com Master of Business Administration de Projetos pela faculdade Cidade Verde, a paranaense Luana Ribeiro, de 27 anos, há sete anos no mercado de tecnologia, é exemplo de profissional disposta a incentivar o movimento feminino no setor. A startup fundada pela empreendedora atraiu o interesse da TIVIT, uma das maiores multinacionais brasileiras de tecnologia, que fez a aquisição da empresa, mantendo Luana como CEO. Apesar da marca se juntar à companhia, ela continuará com uma atuação independente.

Adriana Barbosa, fundadora da Feira Preta e CEO da PretaHub
Afroempreendedora referência no país, fundou, em 2002, o maior evento de cultura e empreendedorismo da América Latina, o Festival Feira Preta. Hoje, Adriana é reconhecida como uma das mulheres negras mais influentes do mundo pelo MIPAD, e premiada pelo seu trabalho no fomento do empreendedorismo e cultura negra. Formada em Gestão de Eventos, é especialista em negócios de impacto social e economia criativa, e está a frente de diversas iniciativas que contribuem para a profissionalização e o crescimento de empreendedores negros, nacional e internacionalmente, com a oferta de capacitação gratuita. Além disso, é também fundadora e CEO da PretaHub, aceleradora e incubadora do empreendedorismo negro no Brasil.

Rachel Maia, fundadora e CEO da RM Consulting

 

A contabilista já ocupou a presidência das multinacionais Pandora, Tiffany & Co. e Lacoste. Hoje, preside a RM Consulting, consultoria especializada em diversidade e inclusão, e é conselheira administrativa. Por meio do projeto Capacita-me, promove o desenvolvimento e o crescimento de pessoas em situação de vulnerabilidade. Rachel, além de presidir também o conselho consultivo da Unicef Brasil, dedica-se a mentorias, integrando grupos de mulheres que apoiam mulheres, e promoveu neste ano um programa de mentoria gratuito para mulheres negras, ‘Meu caminho até a cadeira número um’, que leva o mesmo nome de sua autobiografia.

Gabriela Chaves, economista e fundadora da NoFront – Empoderamento Financeiro
Fundadora da NoFront – Empoderamento Financeiro, plataforma de educação financeira que tem como objetivo democratizar o acesso à economia para pessoas pretas e periféricas, Gabriela trabalhou por 5 anos no mercado financeiro em empresas como a Cetip e a B3, e percebeu o grande abismo que existe no acesso à educação financeira, principalmente, para grupos socialmente minorizados. Para mostrar que investimentos podem e devem ser feitos por todos, desde a dona de casa ao trabalhador assalariado, em 2018, a economista fundou a NoFront, que já formou mais de 5 mil pessoas do Brasil e do exterior, em educação financeira.

Adriana Mallet, CEO e co-fundadora da SAS Brasil
Adriana é médica especialista em inovações para o acesso à saúde e atuou como médica socorrista do SAMU durante 10 anos. Hoje, se dedica à SAS Brasil, startup social co-fundada por ela, em 2013, com o objetivo de democratizar o acesso à saúde em localidades em situação de vulnerabilidade social. Atualmente, a empreendedora é mestranda profissional na área de Inovação em Saúde no Hospital de Câncer de Barretos e está desenvolvendo o primeiro software para a realização de diagnósticos de câncer de colo de útero remotamente, com telecolposcopias – projeto vencedor do World Summit Award 2021.

Carla Colonna – COO e fundadora da 100 Open Startups
Profissional da área de relações públicas, especializou-se em organizar e desenvolver eventos de inovação com uso de tecnologia. Com 10 anos de experiência, foi responsável pela criação, execução ou transformação de programas de fomento à inovação e empreendedorismo, como Brazil-Sweden Innovation Week, lançamento do Wayra no Brasil, Desafio Brasil da FGV-Intel, Corrida da Inovação do Senai, Innovativa Brasil do MDIC e, atualmente, a Open Innovation Week. Sob sua gestão, esses programas acumulam um impacto em mais de 5 mil corporações e 30 mil startups.

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