7 projetos que deram suporte à população em 2020

A pandemia da covid-19 trouxe inúmeros desafios para o mundo e, entre eles, um impacto financeiro estrondoso. No Brasil, o auxílio emergencial forneceu aporte financeiro a trabalhadores autônomos e à população de baixa renda, mas, ainda assim, donos de pequenos negócios e chefes de família enfrentaram muitas dificuldades.

Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostraram que, neste ano, até a primeira semana de junho, 1,3 milhão de empresas fecharam (temporária ou definitivamente). Ao todo, 522,6 mil (40%) encerraram suas atividades por causa da pandemia, e, neste mesmo recorte, 518,4 mil (99,2%) eram de pequeno porte, ou seja, até 49 empregados. Outro levantamento do IBGE indicou que há mais de 13,8 milhões de desempregados no país, e, entre eles, mulheres, jovens e negros são os mais afetados.

Confira sete projetos que ofereceram aporte financeiro ou educacional para a população passar pela crise em 2020:

Acóde

FA.VELA, aceleradora de negócios periféricos que atua como uma plataforma de desenvolvimento e aprendizagem empreendedora, com financiamento do Itaú Social e de colaboradores do Google, por meio do projeto Acóde, beneficiou 500 pessoas que residem em vilas e favelas de Belo Horizonte e região metropolitana (MG) com três meses de auxílio emergencial. O projeto, lançado em junho, injetou mais de R$ 400.000,00 na economia local, de 18 cidades, nos estados de Minas Gerais e Pará, impactando mais de 1.200 pessoas, em sua maioria, mulheres negras. A iniciativa contemplou uma nova versão da cesta básica, que inclui auxílio financeiro, por meio de cartão alimentação, livros infantis e acesso ao programa de formação e letramento empreendedor e digital FA.VELA Escola.

Afrohub

Lançado em 2018, e agora em novo formato, 100% online, o Afrohub, programa de capacitação para empreendedores negros, segue oferecendo diversos conteúdos para a capacitação e formação profissional, ainda mais importantes dado o momento que estamos vivendo. A plataforma oferece cerca de 20 horas de conteúdo, distribuído em módulos, com aulas lecionadas por grandes nomes do afroempreendedorismo brasileiro. A jornada empreendedora online, com duração de oito meses, foca na digitalização de negócios, abordando temas como gestão, finanças, vendas e comunicação. Entre os conteúdos já publicados estão masterclass e vídeos tutoriais para aprofundar os temas e atender às necessidades específicas dos afroempreendedores.

SAS Brasil

Em 2020, o SAS Brasil, instituição itinerante que viaja o Brasil, levou saúde de qualidade e gratuita para populações em situação de vulnerabilidade, por meio da telemedicina, com unidades e cabines de teleatendimento. O projeto, que nasceu junto ao Rally dos Sertões em 2013, passou por regiões como a comunidade da Maré, no Rio de Janeiro, Cavalcante, cidade com menor IDH de Goiás, e Jardim Colombo, na capital paulista. A equipe do SAS Brasil envolve mais de 600 pessoas, entre elas mais de 90 médicos, de 21 especialidades e só em 2020, mais de 43 mil pessoas foram impactadas e mais de 24 mil teleatendimentos gratuitos foram realizados, em cerca de 190 cidades.

Instituto

Comandado pela atriz, autora, empresária e empreendedora social Suzana Pires, o Instituto Dona De Si foi criado para impulsionar talentos femininos e tem como principal objetivo auxiliar mulheres a trabalharem em profissões nas quais ainda são minoria. Neste ano, devido à  pandemia, o projeto começou também um trabalho social, no Morro dos Prazeres, no Rio de Janeiro. Cerca de 150 mulheres, que são mães solo, foram selecionadas e recebem, a cada quarenta dias, uma cesta básica, além da distribuição de álcool gel e roupas. Até o momento, já foram entregues mais de 15 toneladas de alimentos. As doações são feitas com o auxílio de marcas e pessoas físicas.

Éditodos

Coalizão que reúne 12 entidades, entre ONGs, aceleradoras e empresas sociais, o Éditodos criou, em 2020, o Fundo de Emergências Econômicas, para socorrer financeiramente empreendedores das periferias brasileiras, com um auxílio financeiro de até R$1.500. Para além do aporte financeiro, a coalizão promove o acompanhamento e desenha estratégias para sustentação dos negócios. Com o propósito de enfrentar o racismo estrutural e as disparidades de gênero para promover um empreendedorismo baseado na oportunidade.

Segura a Curva das Mães

O projeto criado pela ONG Instituto Casa Mãe e pelo Coletivo Massa oferece auxílio financeiro para mães afetadas pela pandemia, com repasse mensal de R$ 150, além de uma rede de apoio com médicos e psicólogos. Ativo desde o fim de março, o Segura a Curva das Mães atende a 1.734 mães, responsáveis por 6.936 crianças, adolescentes, pessoas com deficiência e idosos. A principal forma de arrecadação de recursos é por meio de financiamento coletivo, mas o projeto estabeleceu diversas parcerias e angariou o apoio da Pampers.

Salva Comida

O projeto recolhe alimentos desperdiçados nas feiras livres de São Paulo e distribui para famílias necessitadas, conectando feirantes, beneficiados, parceiros e empresas. Anualmente, cerca de 33 mil toneladas de verduras, frutas e legumes são perdidas, e, em um ano atípico de pandemia, tudo isso teve um destino certo. Até setembro de 2020, a SalvaComida já havia recuperado mais de 200 quilos de hortaliças e destinado para famílias em situação de vulnerabilidade na Zona Leste de São Paulo.

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