A hora certa para internacionalizar

A possibilidade de explorar globalmente seus produtos e serviços, ficar menos dependente do mercado brasileiro afetado nos últimos anos pela mais grave crise política e econômica da história e explorar mercados ainda não atendidos são os principais motivos para mais de uma centena de marcas brasileiras de franquias atuar no momento em diferentes países. Os números mostram bem essa tendência. Em 2014, 106 empresas estavam em 53 países por meio do franchising. Hoje os números deram um salto e somam 145 marcas de origem brasileira presentes em 114 países.

A entrada de marcas brasileiras através do franchising em outros países tende a ser maior nos próximos anos na previsão de um dos pioneiros deste mercado, Paulo Cesar Mauro, que é considerado um verdadeiro “caçador de franquias”, que leva empresas daqui para fora e traz de fora ao Brasil. “Quem está bem estruturado, com uma boa marca, bons produtos e serviços, tem que buscar novos mercados fora do Brasil”, sentencia.

Paulo Cesar informa que hoje existe um maior apoio para levar uma marca para fora do país do que ocorria na década de 1990 quando iniciou os primeiros movimentos. Cita a própria atuação da ABF (Associação Brasileira de Franchising) com a disponibilização de estudos e levantamentos de redes bem-sucedidas no mercado internacional. Ele também cita o trabalho da APEX (agência do governo de apoio às exportações), além do apoio de crédito de diferentes instituições financeiras. “Hoje o ambiente é muito mais favorável e se sabe o melhor caminho para chegar em grandes e distantes mercados”, explica.

Pelas mãos do Paulo Cesar, a rede livrarias Nobel alcançou mais de 20 lojas na Espanha, além de entrar também em Portugal e Colômbia. Ele levou também a Emagrecentro a Angola e conseguiu a façanha de ajudar a Wizard a entrar nos grandiosos mercados da China e do México. “As marcas brasileiras são queridas, especialmente nos países da América Latina, mas também em grandes mercados, como a China, Europa e Estados Unidos”, avalia.

Para o consultor especializado na internacionalização de marcas, não existe mercado onde o Brasil não consiga entrar e ser bem-sucedido, desde que esteja bem estruturado, no momento certa de expandir para fora do país. “A decisão de crescer também fora do Brasil tem que ser uma ação de longo prazo. É preciso avaliar bem o conceito dos seus produtos e serviços e as vantagens competitivas no mercado internacional que almeja entrar. Expandir para fora é necessário, vital. Se a sua franquia não crescer em outros países, alguma outra rede vai entrar e vai ocupar o seu espaço”, conclui.

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