As 7 lições que aprendi no Vale do Silício

Uma metrópole futurista, que respira sofisticação em cada esquina e impressiona a todos pela suntuosidade de suas empresas bilionárias. Era mais ou menos essa a impressão que eu tinha do Vale do Silício, na Califórnia (EUA), antes de fazer uma verdadeira imersão em seus universos acadêmico e empresarial e constatar justamente o contrário.

Na cidade que abriga gigantes como Google, Facebook e Tesla – e se orgulha de ostentar quase metade de todo o investimento de risco mundial em suas Startups –, a regra principal é perseguir a simplicidade, a diversidade e a rebeldia.

Tudo isso fica claro ao visitar os campus tecnológicos dessas grandes empresas e se sintetiza na experiência de dirigir o Tesla – um carro elétrico, sem motor e parcos recursos de série, mas que propicia algo que nenhuma supermáquina é capaz de fazer: locomover-se sozinho na maior parte do caminho pelas ruas da cidade. Quer rebeldia maior do que essa?

O futuro é simples. E essa talvez seja a maior das 7 lições que trago dessa experiência transformadora, cujos melhores insights relaciono abaixo:

Pense gigante

A cultura da visão de negócios é nítida e deixa claro desde o início que cada um obtém os resultados que merece. Se não for para transformar a vida de milhões de pessoas ou revolucionar um segmento, não tem nem por que começar.

Todo dia é dia de aprender

O aprendizado no Vale vai muito além daquele praticado nas suas universidades. Percebe-se na cultura de suas Startups a busca diária pelo aprendizado, que surge por meio do método de tentativa e erro, das experiências relatadas pelos clientes, das métricas dos seus aplicativos e por novas tecnologias que estão sempre buscando novas soluções para antigos problemas.

Impressione pela simplicidade

Como já mencionei, a cultura da simplicidade foi o que mais me impressionou. Ao visitar os campus do Google e do Facebook, por exemplo, percebe-se que não se preocupam em chamar a atenção pela aparência pura e simples.

É um aprendizado muito significativo para nós, que muitas vezes temos mania de nos preocupar com detalhes que não fazem diferença, quando na verdade o resultado costuma vir da simplicidade.

Tenha humildade e saia do escritório para entender o cliente

Sair do escritório e ir conversar com as pessoas é uma tarefa considerada natural para a execução dos seus planos. Enquanto isso, no Brasil, o grande erro que a maioria das Startups comete é delegar a entrega e o atendimento para funcionários que nem sempre estão com a mente preparada para entender o cliente.

Não tenha medo de errar

Esse, talvez, seja o maior pecado da cultura empresarial brasileira. Temos muito a aprender com o Vale do Silício neste sentido.

Por mais que se fale no Brasil de que errar faz parte, a sensação que tenho é de que ainda não internalizamos isso. E estamos perdendo muito com esse costume antiquado.

Motive com visão e respeito

Por mais que você tenha uma ideia espetacular, quem vai executá-la são seus funcionários, certo? E eles só conseguirão ser produtivos se tiverem motivação para isso.

Trata-se de uma motivação, porém, que vai muito além do oba-oba de palco. A regra é motivar com a visão da empresa, metas alcançáveis, um clima leve e divertido e a cultura de compreender que os tropeços fazem parte do caminho.

Persiga os resultados

Nenhum dos aspectos acima se sustenta se não houver lucro, obviamente. Neste sentido, as Startups do Vale são tão conscientes e pragmáticas como qualquer empresa tradicional.

Cada passo é pensado em gerar lucro ou outros resultados significativos, seja no curto, médio ou longo prazos.

Todas essas são lições valiosíssimas e que, espero, possam contribuir para os nossos empresários refletirem sobre como tornar as suas empresas mais atrativas para o mercado, os investidores e os colaboradores.

 

Everson Costa é CEO da Donuz – Startup de fidelização de clientes – e da recém-lançada Remederia, Startup conhecida como o “iFood dos Remédios”

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