Balança do agronegócio tem redução de superávit em abril; açúcar e álcool responde por maior queda nas exportações

A balança comercial brasileira do agronegócio teve superávit em abril de US$ 5,744 bilhões, resultado 11% menor que o alcançado no mesmo mês do ano passado. A baixa performance foi causada pela redução das exportações, embora o saldo da balança tenha sido menos afetado porque também houve diminuição das importações agrícolas do país, no período contabilizado.

Apenas o desempenho das exportações do complexo sucroalcooleiro – acúcar e álcool – contribuiu com mais da metade da redução, saindo de US$ 839,2 milhões em produtos embarcados em abril de 2011 para US$ 367,9 milhões no mesmo mês deste ano.

No total, as exportações brasileiras do agronegócio renderam US$ 7 bilhões em abril. Apesar do volume, as vendas foram 11,4% menores que as do mesmo mês do ano passado e 8,8% abaixo dos resultados de março desse ano. As importações também caíram 13,1%, se comparadas às compras de abril de 2011, ficando em US$ 1,28 bilhão.

Apesar da queda em abril, no acumulado do ano as exportações do agronegócio apresentam crescimento de 2,5% em relação ao mesmo período de 2011, com US$ 26 bilhões. Com importações de US$ 5,6% (+3%), o saldo comercial cresceu de US$ 20,349 bilhões para US$ 20,835 bilhões na comparação entre os dois quadrimestres, incremento de 2,3%.

De acordo com nota técnica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os produtos de origem vegetal, entre eles os sucroalcooleiros, foram os grandes responsáveis pela queda de US$ 905,9 milhões nas exportações.

As vendas externas do agronegócio brasileiro em abril foram lideradas pelo complexo soja (US$ 2,9 bilhões), seguido por carnes (US$ 1,3 bilhão), produtos florestais (US$ 734,3 milhões), café (US$ 494 milhões) e complexo sucroalcooleiro. Os cinco setores, juntos, responderam por 82,5% das vendas no mês.

Em relação aos principais destinos, a nota avalia que as vendas para a Ásia (US$ 2,8 bilhões) e a União Europeia (US$ 1,79 bilhão) “contribuíram para manter a concentração dos parceiros comerciais do agronegócio brasileiro (65,5% do total)”. China, Países Baixos, Estados Unidos, Rússia, Itália e Alemanha foram responsáveis por 52,6% das compras do setor nacional.

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