Como precificar produtos e serviços digitais

Com cada vez mais serviços sendo disponibilizados na internet, desde treinamentos, cursos e atendimentos online, surge também uma dúvida muito comum entre os empreendedores digitais: como definir um preço justo? Segundo Nathana Lacerda, especialista em imagem e reputação para o mercado digital, é preciso compreender que o preço de um produto online deve ser pensado de forma diferente do que é pensado em um produto físico. “Muitos empreendedores, influenciadores e até mesmo marcas do segmento digital não possuem referenciais para saber o quanto cobrar por serviços na internet”, destaca.

Nathana exemplifica que, no mercado de produtos físicos, o preço é calculado com base nos custos de produção, nos gastos variáveis e fixos como transporte e impostos, e no percentual de lucro. “Se eu vou vender um computador ou uma cadeira, por exemplo, além de todos estes gastos, eu ainda preciso analisar o preço praticado pela concorrência, mas isso não é necessário no mercado digital”, alerta. Ela conta que, conforme é trabalhada a autoridade do profissional e o posicionamento do produto, ele se torna algo único. “Por isso o seu produto não precisa ser precificado conforme algum concorrente. Infoproduto não é commodity”, resume.

Definir, testar e entregar mais

Nathana explica que, no caso de cursos e treinamentos, o produto é escalável. “Ele já está pronto, e isso deve ser considerado na hora de definir o preço”, conta, alertando para os casos de aulas ou atendimentos individuais que, mesmo online, devem considerar o trabalho que exigem do profissional. “Defina o preço conforme o que você acha ser justo, e faça testes para ver a aceitação do público”, explica, destacando que as tentativas de erro e acerto fazem parte do mercado digital. “Considere sempre o público-alvo para entender a faixa de renda e o valor que faz sentido para ele”, completa.

A especialista, que sugere o uso de valores quebrados como boas estratégias de precificação, explica que é possível aumentar gradativamente o preço de um infoproduto conforme o crescimento da credibilidade do infoprodutor. “Se você souber se posicionar e se diferenciar, pode cobrar o valor que quiser, desde que o cliente esteja disposto a pagar”.

Por fim, Nathana alerta para que os produtores de conteúdo digital pratiquem sempre o overdelivery, que significa entregar mais que o prometido. “Na internet, as pessoas sempre esperam algo a mais, então busque surpreender o seu cliente para que ele esteja plenamente satisfeito”. O que é proibido, alerta a especialista, é ter medo de se posicionar e acabar cobrando valores muito baratos. “O pensamento de que é preciso cobrar muito pouco por estar começando faz com que muitos empreendedores fiquem ‘começando’ por muitos anos e não conquistem a prosperidade que buscam”, completa.

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