Conheça os riscos de faturar R$ 1 milhão em menos de um ano

Faturar R$ 1 milhão em menos de um ano de operação de um negócio é o sonho de muitos empreendedores. Era também o de Rodrigo Clemente, fundador e CEO da Mercado Jovem, agência de live marketing, em São Paulo. Em meados de 2011, Rodrigo faturava R$ 50 milhões por ano. Porém, de uma hora para outra, no lugar de celebrar o sucesso da empresa, teve que encarar de frente uma dívida de R$ 10 milhões que acompanhou a trajetória da empresa por quatro anos. O empresário conseguiu virar o jogo e, agora, carrega consigo aprendizados que faz questão de compartilhar com quem sonha em faturar o primeiro R$ 1 milhão e não cometer erros que comprometam as finanças de qualquer empreendimento.

“O investimento inicial na Mercado Jovem foi baixo e vi a agência crescer muito em pouco tempo. Não tinha experiência em gestão, em lidar com fluxo de caixa, nada disso. Hoje, mais de sete anos depois, não faturo mais aqueles R$ 50 milhões por ano. Mas como temos maior controle financeiro da empresa, nosso lucro é ainda maior do que naquele tempo”, relata Rodrigo.

Para Rodrigo, o sucesso tem uma espécie de “sobrenome” muito importante. Se chama determinação. “Se você não tiver determinação e planejar bem cada passo, não vai conseguir seguir em frente”, comenta.

5 dicas para não colocar um negócio em risco

Veja a seguir os cinco aprendizados de Rodrigo, após quase levar a empresa à falência e recuperar um bom faturamento de sua agência de live marketing:

1 – Evite misturar dinheiro da empresa com dinheiro pessoal

“Eu não tinha bons conhecimentos do que era fluxo de caixa e acabava fazendo retiradas para pagar contas pessoais. Eu também autorizava retiradas financeiras acima do necessário para cobrir as despesas de cada projeto do negócio. Hoje tenho uma gestão financeira independente para evitar esse descontrole. Retiradas apenas em datas pré-fixadas”.

2 – Negocie dívidas assim que aparecerem

“Quando me dei conta, estava devendo R$10 milhões para fornecedores. Deu muita dor de cabeça renegociar tudo e levei quatro anos para colocar a Mercado Jovem no positivo. Se tivesse percebido as dívidas e as renegociado logo no início, não teria virado a bola de neve que virou”.

3 – Foque na redução de custos

“Para sair das dívidas, o caminho que encontrei foi arregaçar as mangas e botar a mão na massa. Analisei despesa por despesa para reduzir o custo fixo mensal de R$500 mil para R$38 mil. Para isso, uma das medidas foi trocar um espaço de 400 metros quadrados por um espaço menor e mais barato. Sempre tem um jeito de economizar algo”.

4 – Controle o lucro por projeto

“Hoje a Mercado Jovem fatura metade do que faturava, mas em lucro, estamos ganhando ganho muito mais do que antes. Consigo saber exatamente o custo que tenho para viabilizar cada projeto e não apenas o quanto vou faturar. Com um negócio muito mais controlado, a Mercado Jovem passou a ter resultados financeiros bem mais interessantes”.

5 – Faça a gestão da sua cultura organizacional

“Infelizmente entre os altos e baixos da empresa, pessoas são impactadas. Quando estávamos endividados, tive que reduzir uma equipe de 100 pessoas para  apenas 12. Se a cultura da Mercado Jovem  não estivesse sólida e se os colaboradores não tivessem clareza do jeito de ser e atuar da empresa no mercado, possivelmente nem essa uma dúzia de colaboradores teria continuado no barco. O que mais doeu na crise que passamos foi ter que cortar pessoas que sabia que tinham a cultura da empresa”.

Sobre a Mercado Jovem

Fundada em 1999 por Rodrigo Clemente, a Mercado Jovem trouxe para o mercado promocional o elo entre as instituições acadêmicas e a indústria. A agência é referência no relacionamento com o jovem, atuando em mais de 24.500 pontos de ativação direta com o público. Entre seus clientes, estão marcas como Boehringer Ingelheim, Banco Santander, Heineken, Nissin, Editora Saraiva, Unilever, entre outros.

http://mercadojovem.com.br/

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