Os empreendedores têm motivos para tanto pessimismo sobre a economia?

* Por Renato Maggieri

Diariamente somos bombardeados por más notícias econômicas do cenário mundial e mais especificamente brasileiro. Não sou economista e não conheço profundamente a respeito dos fundamentos e razões que causam tais movimentos econômicos, mas como consultor empresarial, sou um bom observador. Além disso, vivo o meu dia a dia dentro de empresas, junto com clientes, estudando e interagindo com empreendedores, que há muito tempo geram emprego e renda nesse país e que sequer sabem qual foi a variação do índice Bovespa, ou a cotação do dólar de ontem.

Da mesma forma que não acreditei naquele otimismo exacerbado de 2010, onde se dizia que o Brasil era a bola da vez e que tudo era um mar de rosas, não creio nesta onda de pessimismo – que tinge tudo de cinza – projetando um futuro sombrio.

Já trabalho no mundo empresarial há muitos anos e as perguntas que mais ouço são: como está o mercado? Está difícil pra todos? Invariavelmente minha resposta é: o mercado está como sempre foi, está bom pra uns e ruim pra outros, depende do que você decide fazer acontecer.

Isso mesmo! Nós fazemos o nosso mercado, o nosso faturamento e consequentemente nossos resultados. A nossa maneira de ver o mundo e reagir a ele pode mudar nosso ambiente!

 A maneira como reagimos está intimamente ligada com aquilo que pensamos e da forma como nos sentimos. Há uma linha de raciocínio que preconiza: meus pensamentos geram meus sentimentos, que geram minhas ações e que mudam meu resultado. Portanto, tudo começa com aquilo que eu decido pensar. Em um dos seus textos o profeta Jeremias escreveu: “quero trazer à memória aquilo que me traz esperança”, o que denota uma disposição, uma decisão em não se contaminar com as más notícias, que inevitavelmente virão.

 É de fundamental importância estar antenado e atualizado com os acontecimentos que são noticiados pela imprensa, mas confesso que, algumas vezes, decido me abster por um tempo das notícias, pra não ser contaminado por essa tsunami de pessimismo.

 Quem faz o resultado dos meus negócios sou eu, auxiliado por uma equipe altamente competente que me apoia, de forma que, no início desse ano nós decidimos que 2014 será o melhor ano de nossas vidas, independentemente do que vai acontecer na economia, no mercado, com o dólar e com qualquer outra variável que não dependa de nossa atuação.

 Obviamente que ninguém é uma ilha. Sofremos as inferências do contexto em que estamos inseridos e, por isso, não dá pra ignorar a realidade econômica do país. Mas o que estou defendendo é que nossa motivação não pode ser abalada por fatores econômicos. 

Um PIB medíocre não significa que vamos sucumbir, sinaliza que vamos ter que trabalhar mais do que quando o país cresce em níveis satisfatórios. Não se trata de ignorar as circunstâncias ou se enganar, mas sim, encarar a realidade e planejar, visando transformar a ameaça em oportunidade de crescimento.

Encorajo a cada leitor a decidir vencer em 2014, que conforme anunciado terá muitos desafios, mas que, com a mesma intensidade, trará grandes possibilidades de superação.

Só depende de cada um de nós.

 *Renato Maggieri é palestrante, consultor de negócios e possui dois títulos MBA – em Gestão Empresarial, pela FGV e Executive Seminars, pelo Rockford College. Apaixonado por empreendedorismo, decidiu aplicar seus conhecimentos em comportamento voltados para resultados em benefício dos empreendedores. 

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