Crescimento dos pequenos negócios capixabas contribui para desenvolvimento do estado
As micro e pequenas empresas desempenham um papel central para o bom andamento da economia capixaba. Apesar de todos os percalços em virtude de mudanças ocasionadas na economia, essa massa empreendedora não para de crescer e faz com que o estado cresça junto com ela.
Uma pesquisa recente realizada pelo Sebrae no Espírito Santo constatou a existência de 122.537 estabelecimentos de micro e pequeno porte no estado, o que representa 99% do total das empresas atuantes em solo capixaba. Elas são responsáveis por 58,5% de todos os postos de trabalho criados, segundo dados da pesquisa Rais e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Como reflexo desse cenário, o estado possui hoje a sexta melhor taxa de sobrevivência entre as micro e pequenas empresas brasileiras. Os levantamentos revelam que a expectativa de vida dos negócios é diretamente proporcional à busca de informação e capacitação por parte de seus donos – é aqui que entra o Sebrae no Espírito Santo, de acordo com o superintendente da instituição, José Eugênio Vieira. “Por meio de projetos, cursos, palestras, consultorias, promoção e acesso ao mercado e a serviços financeiros, o Sebrae contribui de forma significativa para a sustentabilidade das empresas no mercado, para o fomento da economia capixaba e a geração de empregos e benefícios voltados para a sociedade como um todo”.
A empresária Marly Farah, sócia do restaurante Soeta, conta que fez um plano de negócios no Sebrae logo ao abrir o empreendimento, o que ela julga ter sido essencial para o sucesso do negócio. “Nós entramos no mercado conhecendo a realidade e nada fugiu ao que havíamos planejado anteriormente”, afirmou.
É importante que o negócio tenha continuidade, caminhando com passos firmes no mercado e mantendo o pleno crescimento. É isso que a empreendedora tem vivenciado. “Nesses quatro anos, percebemos um amadurecimento bastante satisfatório e trabalhamos muito para continuar a dar certo. Acredito que toda empresa que está começando precisa enxergar o mercado por todos os ângulos possíveis, antes mesmo de abrir as portas, e o Sebrae permite essa amplitude de visão e um assessoramento que considero fundamental”, completa.
Descentralização
A descentralização do desenvolvimento é fundamental para que o crescimento do estado não fique restrito às macrorregiões. A fim de contribuir para que as micro e pequenas empresas evoluam, o Sebrae criou as Agências de Desenvolvimento Regional (ADR), que nasceram para levar dinamismo econômico às microrregiões. Hoje, o Sebrae conta com oito ADR, além de Vitória: Linhares, Anchieta, Colatina, Cachoeiro de Itapemirim, São Mateus, Nova Venécia, Venda Nova e Aracruz.
“Além da interiorização do desenvolvimento, também contribuímos para levar crescimento às regiões com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Por meio do projeto Comércio Total, desenvolvido pioneiramente pelo Sebrae no Espírito Santo, atendemos a pequenos comércios dos bairros de baixo IDH, fomentando a geração de trabalho e renda nesses locais. Para essa tarefa, contamos com apoio do governo do estado”, informa Vieira.
Desde o início do projeto, em 2009, até agosto deste ano, foram realizadas 9.403 consultorias, com 10.016 empresas atendidas. O Comércio Total também registrou a marca de 20.963 participantes e, até o final deste ano, 69 municípios terão sido contemplados. Ao lado das micro e pequenas empresas, o microempreendedor individual (MEI) é um dos personagens fundamentais da base da economia capixaba. O crescimento desse tipo de empreendimento vem superando todas as expectativas. Atualmente, o Espírito Santo ocupa o 12º lugar no ranking de formalizações – já se contabiliza um total de 88.326 MEI cadastrados. Somente neste ano foram registrados 19.520 MEI capixabas, alcançando a média de 74 formalizações por dia.
Informações Agência Sebrae
