Disrupção financeira

A cena de uma fila numa agência bancária em pouco tempo não será mais vista. Isso porque
não será mais preciso deixar dinheiro num banco, parado ou com rendimentos de juros. Cada
pessoa vai ter de gerir o próprio dinheiro. Cada pessoa será o próprio banco. Tudo isso será
possível com as já chamadas criptomoedas, a exemplo do Bitcoin, com o uso da tecnologia de
blockchain, uma espécie de bloco de anotações, códigos de validades gerados por imensas
“mineradoras” formadas por máquinas de computador. Essa é a previsão da Associação
Brasileira de Criptomoedas e Blockchain, criada há bem pouco tempo, em dezembro do ano
passado, e que hoje reúne 37 corretoras das principais capitais do país.

Um dos primeiros atos do primeiro presidente da Associação, Fernando Furlan, foi chamar
uma empresa de auditoria e encomendar um raio-X do que é esse novo mercado no Brasil. Ex-
presidente do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Fernando Furlan deixa
bem claro que quer que este mercado opere dentro da legalidade e dentro de uma livre
concorrência.
Furlan, no entanto, sabe que essa missão não será nada fácil. Muitos bancos, principalmente
os grandes, fecham contas das corretoras, sem justificativa. Os bancos alegam precauções com
atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro, financiamento ao terrorismo e esquemas de
pirâmides. “Não queremos brigar com os bancos e não nos opomos a um eventual acordo. Se
há suspeita de ilicitude, que pode ocorrer em qualquer empresa ou instituição, é preciso
indicar a origem e não simplesmente fechar a conta da corretora”, afirma Furlan.

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