Empreendedorismo é opção para quem quer manter uma aposentadoria ativa

Em 2017, segundo a Secretaria da Previdência Social, o Brasil registrou 19 milhões de aposentados, com uma faixa etária média de 58 anos. Em meio a um cenário de crise, essa renda é insuficiente para as despesas domésticas e, por vezes, a única renda fixa nas famílias brasileiras.Não por menos, pelo último levantamento da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), divulgado em 2016, 48,1% das pessoas entre 45 a 64 anos mantêm um empreendimento estabelecido, sendo que, só na faixa dos 55 a 64 anos, são 23,9%. Entretanto, quando o recorte é para o empreendedorismo em estágio inicial, só 15% das pessoas na faixa dos 55 a 64 anos investem em um novo negócio.

Além disso, a tendência ao empreendedorismo tem crescido progressivamente, embora, em relação a 2015, tenha havido um ligeiro recuo na taxa de empreendedores iniciais, indo de 21,0% para 19,6%. A conclusão é de que, embora a atividade empreendedora tenha indicado desaceleração, o surgimento de novos investimentos se mantém firme.

De acordo com José Augusto Minarelli, CEO da Lens & Minarelli, empresa especializada em outplacement, “a busca por novos negócios, em uma aposentadoria ativa é desafiadora, mas necessária para quem deseja manter a qualidade de vida e a saúde financeira estável”. Para atingir o objetivo, há algumas ferramentas que facilitam o processo de adaptação pessoal e de reconhecimento do mercado, entre elas, o counselingcomo instrumento de apoio à reflexão e decisões pessoais e profissionais. Para tanto, é realizada uma avaliação que abrange desde competências, vocações e olhar mercadológico até a detecção de ameaças à saúde.

O especialista ressalta, ainda, que a aposentadoria deve ser observada como uma nova fase de aprendizagem e, com o counseling, ela pode ser vivenciada com a plenitude do auxilio profissional. Entre algumas características que definem um empreendedor estão: resiliência, ousadia, poder de negociação, boa comunicação, habilidade para liderança e gerenciamento de crise. “É preciso que cada pessoa identifique suas necessidades e potencialidades antes de se arriscar em um novo empreendimento”, finaliza Minarelli.

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