Franquias adotam cartões de crédito próprios para fidelizar clientes

As redes de franquias seguem a onda de grandes varejistas com a adoção de cartões de crédito próprios

As redes de franquias seguem a onda de grandes varejistas com a adoção de cartões de crédito próprios e engrossam as vendas no mercado brasileiro. Segundo informações do consultor de negócios da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Walter Batista, outra novidade do setor é a entrada do private label para grandes franquias, algo recente no segmento. Segundo o advogado especialista em finanças, Luiz Felizardo Barroso, bancos como o HSBC, por meio da Losango, e o Banco do Brasil já apostam no cartão próprio como forma de fidelização de clientes.

Segundo presidente da ABF-Rio, Alain Guetta, as franquias tiveram em 2010 um resultado positivo graças ao aumento do consumo da classe emergente, a conhecida Classe C. O segmento, previa crescimento de 13% no início deste ano, mas vai encerrar 2010 com um faturamento 19% superior em relação a 2009, totalizando R$ 75 bilhões.

"As feiras de negócios focadas no franchising mostram taxas de crescimento agressivas em vendas de unidades franqueadas. A previsão é de que o crescimento para 2011 tenha 15% de aumento em faturamento. A expectativa é que o Brasil tenha 1920 novas marcas, totalizando quase 100 mil pontos-de-venda", comemora Guetta.

Segundo o HSBC, em parceria com a Losango ele oferece a franquias benefícios como o cartão próprio (private label) para os clientes das holdings. Além disso, o banco disponibiliza um crédito de R$ 200 mil para quem deseja abrir sua franquia, ampliar ou remodelar o negócio que possui. Outra vantagem é o Giro Fácil Franquias, um crédito que adapta o seu fluxo de caixa para a reposição de estoques, pagamento de 13º salário dos seus funcionários e 24 meses para pagar. Antecipação de recebíveis como vendas a prazo no talão de cheque, cartões ou ticket.

“Os cartões private label são cartões de crédito emitidos por um varejista e usualmente válidos apenas para a realização de compras com este varejista ou em qualquer estabelecimento credenciado. São diferentes dos cartões de crédito de uso genérico”, explica o advogado especialista em finanças e recuperação de crédito, Dr. Luiz Felizardo Barroso, diretor da Cobrart – Gestão de Ativos.

De acordo com estudo feito pela consultoria britânica Lafferty, a lucratividade do segmento de cartões no Brasil atingiu US$ 3,75 bilhões em 2009, a uma média de US$ 20 por cartão. A consultoria apontou que o crescimento anual do segmento de cartões no Brasil na faixa entre 20% e 25% é moderado frente à performance da Índia (30%), da Turquia (45%) e da Rússia (55%).

“O private label é um instrumento que alavanca vendas no varejo sendo um carnê altamente sofisticado. Na hipótese do inadimplemento momentâneo do usuário do private label, uma vez que ele quite o débito, o crédito é imediatamente restabelecido. Outra vantagem é que ele é um instrumento de fidelização da clientela por ser prático, dispensando o dinheiro em espécie, como pela possibilidade de melhor planejamento e contabilização de gastos”, define Felizardo Barroso.

 

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