Inovação deve ser aliada de pequenos para enfrentar o futuro, diz diretor do Sebrae

Fazer mais com menos é o desafio das micro e pequenas empresas para os próximos dez anos

As micro e pequenas empresas brasileiras devem enxergar os desafios do futuro como uma perspectiva, uma possibilidade para melhorar seus produtos, serviços e negócios. E para isso, devem investir em uma agenda com foco em produtividade e em inovação. O recado, do diretor-técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, foi para um grupo de empresários paranaenses, durante a XXIII Convenção Anual da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap).

Carlos Alberto dos Santos esteve em Curitiba para falar sobre o tema Os desafios das micro e pequenas empresas para os próximos dez anos. Além da palestra, o diretor-técnico do Sebrae Nacional participou das cerimônias de premiação da etapa paranaense do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios e do MPE Brasil – Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas. “Temos que entrar forte em uma agenda com foco em produtividade e inovação. Precisamos fazer mais com menos. Só assim, os donos de micro e pequenas empresas conseguirão enfrentar, com êxito, os desafios dos próximos dez anos”, assinalou o diretor do Sebrae Nacional.

Três megatendências globais devem, na sua avaliação, ser observadas pelos empresários que não querem perder oportunidades: as mudanças relacionadas à tecnologia da informação e à forma de comunicação e interação entre as pessoas; o aumento da expectativa de vida das pessoas e a redução da taxa de natalidade, com o aumento no número de idosos no país e famílias com menos filhos; e o desenvolvimento sustentável, não mais visto como moda, mas como algo que veio para ficar.

“São tendências mundiais, com reflexos no Brasil e que têm tudo a ver com a agenda dos pequenos negócios, assim como têm relação com os que os atores políticos e sociais mais desejam, que é a manutenção da estabilidade macroeconômica”, afirmou. Carlos Alberto dos Santos disse acreditar que a estabilidade vivida nos últimos anos no Brasil deva permanecer, assim como serão melhores os índices de renda dos brasileiros e ainda mais forte a expansão do consumo e mercado interno.

O diretor-técnico do Sebrae Nacional também aposta na “horizontalização” dos recursos no Brasil, provocada por uma acentuada aceleração do processo de interiorização do desenvolvimento. “Nesse cenário, caberá aos proprietários de micro e pequenas empresas o desafio de fazer diferente, para conquistar o mercado e se consolidar. Podemos continuar fazendo bem feito as mesmas coisas, mas isso é insuficiente.”

Os impostos, a burocracia e o custo do capital (as taxas de juros, o acesso a recursos, dentre outros) continuarão sendo obstáculos para os pequenos negócios daqui a dez anos. “Sou otimista em dizer que esses pontos serão reduzidos, até melhorados, mas não sairão da agenda”, concluiu Carlos Alberto dos Santos, afirmando que os três itens estão no topo das pesquisas que medem a preocupação dos empresários brasileiros.

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