No dia do empreendedor 5 trajetórias de sucesso

O dia 5 de outubro é o Dia Nacional do Empreendedor. Uma data que vale comemorar, por diferentes motivos. Primeiro porque o Brasil está entre os países mais empreendedores do mundo.  Hoje, de cada 100 brasileiros adultos (homens e mulheres entre 18 a 64 anos), segundo a mais recente pesquisa do Sebrae Nacional,  36 estão em alguma atividade empreendedora, quer seja na criação ou aperfeiçoamento de um novo negócio ou na manutenção de uma empresa já estabelecida. Ou seja, um terço da população ou nada menos de 49 milhões brasileiros são empreendedores.

Outro motivo para o empreendedor comemorar este dia é pelo fato simplesmente de estar ativo, vivo.  Com inúmeras dificuldades, da brutal burocracia, falta de crédito até aos juros abusivos, sem citar os diferentes efeitos da atual crise política e econômica do país, criar, gerar empregos, pagar impostos, manter uma empresa, é uma atividade nada fácil. A maioria dos empreendedores, nos últimos anos, montou empresa por necessidade mesmo, por falta de emprego. Aí as dificuldades podem ser ainda maiores.

No Dia Nacional do Empreendedor relacionamos 5 empreendedores que criaram empresas de referência no empreendedorismo brasileiro. São trajetórias que inspiram e dão ânimo aos novos empreendedores.

# Visionário do Big Data

No Brasil, um dos pioneiros no desenvolvimento de soluções em Big Data é o catarinense Jaime de Paula, que, em 2002, criou a Neoway, empresa basilar em um nicho de mercado que já não pode mais ser ignorado por empresários que pretendam tomar decisões que envolvam cenários para aumentar vendas e prevenir riscos. Egresso do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Jaime pode ser considerado um verdadeiro visionário, em uma área que, naquele momento, o final dos anos 1970, nem ao menos era conhecida.

A trajetória do comandante da Neoway, no entanto, passou pelo aprendizado contínuo em tecnologias da informação e em áreas que incluíam estudos de Data Market e Data Warehouse, que viriam a abrir caminho para o que seria conhecido como Big Data. Além da Engenharia, Jaime também cursou Administração na Escola Superior de Administração e Gerência – Esag, o que certamente o qualificou para exercer cargos executivos na Perdigão, onde foi diretor de informática, e também na Cecrisa – duas das mais importantes empresas de Santa Catarina.

Como todo grande empreendedor, nada foi por acaso na trajetória de Jaime e muitas experiências foram necessárias até que encontrasse nos processos analíticos do Big Data sua grande vocação. Após vender sua parte em uma empresa de comércio eletrônico, apostou no doutorado, em uma área que contemplava o início dos estudos em inteligência artificial. O próximo passo foi o desenvolvimento de um programa para a Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina, que promovia a integração entre bases de dados, destinado a identificar padrões de conduta criminosa. “Na época, fui fazer um intercâmbio com a polícia de Nova York, o prefeito era Rudolph Giuliani, e lá conheci James Onalfo, que era diretor de tecnologia da polícia e tinha sido CIO da Kraft Foods. Ele me orientou a sair da área de segurança e apostar em soluções de dados, já que o Brasil não possuía um banco de dados destinados a decisões empresariais”, conta.

De lá para cá, as enormes possibilidades do Big Data Analytics foram sendo aprimoradas e desenvolvidas por uma equipe de jovens cientistas, escolhidos a dedo pelo comandante da Neoway. O resultado foi o desenvolvimento do SIMM, o Sistema de Inteligência MultiMercado, uma plataforma que possibilita o conhecimento profundo de clientes e fornecedores, atuando com precisão em áreas sensíveis como concessão de crédito, gestão de clientes e fornecedores, detecção de fraudes e cobrança, entre outras. O sistema, que pode ser acessado por assinatura, foi recebido pelo mercado como uma solução que agrega inteligência de forma automática aos negócios.  Dependendo da demanda e do volume de dados envolvidos, uma assinatura mensal pode variar de R$ 1 mil a R$ 1 milhão.

Baseada em inteligência artificial e dados atualizados em tempo correto, a plataforma da Neoway possibilita identificar e mapear mercados potenciais com precisão e gerenciamento de toda a carteira de prospects, além de tornar processos de crédito mais efetivos, com a análise de grupos econômicos e avaliação de riscos. Na gestão de clientes e fornecedores, proporciona um conhecimento do cliente através das práticas de KYC (Know your Customer), que envolvem detecção de níveis de atividade, saúde tributária, situação cadastral, taxa de crescimento, entre outros dados, proporcionando uma gestão de risco eficaz, além da validação e qualificação do corpo de fornecedores, reduzindo a interrupção de fornecimento com ações preventivas.

O processo de análise de dados coletados em inúmeras fontes representativas permite também a identificação de fraudes e crimes como a lavagem de dinheiro, as redes de relacionamento e problemas potenciais de segurança entre clientes e fornecedores. Na área de cobrança, é possível identificar clientes inadimplentes e estabelecer termômetros operacionais e de dados sobre ativos, com informações estruturais atualizadas. A união dessa tecnologia avançada a processos que envolvem Aprendizagem de Máquina (machine learning) e KYC completam o conceito de Data Driven Business, com foco no cliente, maior desempenho operacional e a consequente criação de negócios disruptivos.


Nome: Jaime de Paula

Empresa: Neoway

Natural: Florianópolis

Idade: 55 anos

Ocupação: Empresário

 

O que é a Neoway

Atividade:
Inteligência de mercado e Big Data
Colaboradores:
300

Sedes:
Florianópolis, São Paulo e Nova York

Atuação:
– Processa – 50 bilhões de dados e informações
– Pesquisa 34 milhões de empresas no Brasil
– Tem em cadastro 194 milhões de pessoas

 

# A revolução da Senior

Referência nacional em tecnologia para gestão, a Senior completa 30 anos de mercado como uma das maiores empresas de desenvolvimento de softwares do País. Certificada como Great Place to Work® 2018, empresa mundial cediada nos EUA, a Senior sempre acreditou na inovação, na colaboração, no conhecimento e na diversidade de talentos.

Em maio de 1988, quando surgiu a Senior, em Blumenau (SC), ninguém poderia estabelecer com clareza a realidade que o Brasil viveria três décadas depois, com a crescente e inevitável informatização dos meios de produção e o impacto da tecnologia na vida cotidiana de toda a sociedade. Era o início de uma empresa que com o passar dos anos se tornaria uma referência nacional em tecnologia para gestão de empresas públicas e privadas.

A empresa soube desde o início capitalizar o momento histórico exigia, com a transição dos processos gerenciais e da mudança dos modelos de negócios.

“A Senior recebeu esse nome para mostrar que já nascia como uma empresa madura, séria, e efetivamente assim somos em vários sentidos, da tecnologia ao desenvolvimento de sistemas”, relembra o sócio-fundador Jorge Cenci, que junto aos outros dois sócios fundadores, Guido Heinzen e Nésio Gilberto Roskowski, faz parte atualmente do Conselho Administrativo da empresa.

Segundo Jorge Cenci, a prestação de serviços altamente eficiente, que sempre priorizou o cliente e suas demandas, somada a um trabalho minucioso na prospecção de canais de distribuição, permitiu a companhia chegar aos quatro cantos do país e assim alicerçar o crescimento sólido nesse período.

Jorge Cenci avalia que a gestão criada dentro da própria Senior, o espírito de inovação e a estratégia de levar soluções tecnológicas na medida certa para cada cliente são as razões do crescimento e do sucesso da empresa em três décadas. “Nosso foco sempre foi o cliente. Levamos  a solução em gestão e a tecnologia que o cliente precisa para gerir seu negócio de forma fácil e eficiente”, explica.

Na estrada percorrida pela Senior, os sistemas foram se modernizando, integrando-se às demandas do mercado, em uma evolução ininterrupta da arquitetura de hardware e softwares, que desagua hoje no advento da nuvem (cloud computing) e as novas possibilidades abertas para a gestão, como a inteligência artificial, design thinking e machine learning – tendências tecnológicas que promovem verdadeiras experiências aos usuários.

Com um modelo exemplar de sucessão, apoiado por uma governança muito bem implementada e seguida à risca por seus gestores, a Senior hoje tem como CEO o executivo Carlênio Castelo Branco. À frente da companhia há quase seis anos, Castelo Branco tem forte foco em resultado, sempre acreditando nas pessoas. “Acreditamos nas pessoas, na inovação, na colaboração e no conhecimento. A qualidade de nossas soluções é resultado da qualidade dos profissionais que fazem parte do nosso time. Por isso, a Senior está atenta aos talentos que ousam, buscam desafios e dominam novas áreas de conhecimento”, afirma.

Atualmente a empresa oferece um dos mais completos portfólios para alta performance em soluções para gestão empresarial, logística para supermercados, gestão de pessoas, relacionamento com clientes e gestão de acesso e segurança. São mais de 100 mil contratos ativos com empresas de diversos portes e segmentos espalhadas pelo país.

O crescimento dos serviços oferecidos pela empresa, como as consultorias, sistemas integrados de apoio a otimização de processos e modelos de negócios, focados em crescimento de produtividade e inovação obtiveram um resultado crescente nos últimos anos.

Só em 2017, a receita bruta acumulada alcançou um crescimento de 11% em relação ao período anterior, somando R$ 283,4 milhões, superando o dobro da receita registrada há menos de quatro anos. Nos últimos anos, cerca de 500 novos clientes acessaram as soluções da empresa, com destaque para o crescimento das soluções para áreas como Gestão de Pessoas | HCM, com crescimento de 13%; Gestão Empresarial | ERP, que aumentou em 12% as vendas e principalmente serviços de cloud computing, que cresceram 92% em um ano, além da solução de Gestão de Relacionamento | CRM que obteve um acréscimo de 103% na receita de 2017 comparada ao ano anterior.

De acordo com Carlênio Castelo Branco, CEO da Senior, a prioridade no momento em que a empresa consolida três décadas de uma atuação exitosa no mercado nacional será focar ainda mais nos clientes e nas soluções que levarem ao aumento da produtividade e da competitividade, através da busca pela transformação digital dos negócios providos pela empresa. Para o executivo, o caminho percorrido até aqui pela Senior deve ser ampliado na busca de mais soluções que unam meios de colaboração e produtividade.

Nos últimos 12 meses, a companhia avançou ainda mais com a aquisição de duas novas empresas, a Gôndola Sistemas, especializada na gestão de supermercados, e a Prodama, dirigida ao agronegócio. As duas aquisições fecham um pacote que soma investimentos em 10 empresas desde 2001, complementando o portfólio de aquisições em segmentos que são fundamentais para o crescimento do faturamento nos últimos anos.

A Senior ampliou, nos últimos meses, uma série de novos aportes, como na SocialBase, negócio de base tecnológica focado no desenvolvimento de soluções de Rede Social Corporativa, que agora passa a fazer parte do portfólio da empresa. A empresa lançou também uma plataforma destinada a democratizar o uso das informações em todos os níveis das organizações, batizada de senior X.

A nova plataforma, que em última instância visa potencializar a experiência do usuário, foi adotada como base para todos os produtos da empresa, promovendo mais eficiência e competitividade, através da integração de todas as soluções em uma única plataforma.

 

Nome: Jorge Cenci

Empresa: Senior

Natural: Dois Lageados

Idade: 61 anos

Ocupação: Empresário

 

O QUE É A SENIOR

Atividade:
Soluções Tecnológicas para a Gestão de Pessoas
Colaboradores:
1.300

Sede:
Blumenau

Atuação:
– Mais de 100 mil contratos ativos
– Atua em empresas de diversos portes e segmentos
– 39,6 mi de Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e inovação

 

# A tecnologia de ouvir e falar

Só a operação anticorrupção chamada Lava Jato pode ressarcir nada menos do que R$ 44,4 bilhões aos cofres públicos, de acordo com estimativa do Ministério Público Federal. Para puxar o fio do novelo da gigantesca corrupção política brasileira dos últimos anos, uma das ferramentas utilizadas ganhou um nome bem sugestivo: Guardião. Como o próprio nome sugere, esse sistema se tornou uma espécie de guardião do dinheiro público do país, com o objetivo de ajudar especialistas no combate à corrupção. Silencioso e que só pode entrar em ação por agentes públicos com a autorização expressa do Poder Judiciário, o Guardião é um eficiente sistema de monitoramento criado pela empresa catarinense Dígitro, que completou 40 anos de uma trajetória repleta de inovações tecnológicas.

Criada em 1977 por três engenheiros elétricos recém formados da Universidade Federal de Santa Catarina (José Fernando Xavier Faraco, Marcos Regueira e Lúcio Prazeres), logo ganhou projeção nacional no mercado de tecnologia, em soluções de inteligência e comunicação.

Com todo o know how adquirido nos últimos anos, a empresa aplica seu conhecimento de inteligência ajudando as empresas na geração de receitas ou redução de custos e otimização de processos. Atualmente, possui soluções voltadas à recuperação de ativos, cidades inteligentes, e soluções sob medida para resolver problemas cujas soluções não são fáceis de se encontrar.

O atual presidente executivo da Dígitro , Milton Espíndola, lembra que quando surgiu, em 1977,  a Dígitro era uma espécie de startup de hoje. “Na verdade, naquela época nem existia essa palavra e não se tinha apoio de ninguém. Era criar, testar, colocar no mercado, tudo por conta própria, na cara e coragem”, afirma.

Lançado em 1999, o Guardião não foi o único sucesso da Dígitro. Suas soluções de inteligência e comunicação voltadas a Contact Centers são hoje muito utilizadas por empresas de vários portes e segmentos no mercado. O caminho de sucesso começou em 1983, quando a empresa lançou a primeira plataforma para o serviço de teledespertador. Antes desse ano, quem queria ser despertado pelo sinal telefônico, tinha que agendar com a empresa telefônica um dia antes. Só em São Paulo, nada menos que 400 telefonistas ficavam de plantão a noite inteira para discar para a casa de cada solicitante. Como se fosse um passe de mágica, na verdade com uma fina e sofisticada tecnologia, a Dígitro deixou tudo automatizado.

O prédio onde está instalada a Dígitro é um templo também de inovação e sustentabilidade. É um exemplo, não apenas para o Brasil, mas para todo o mundo. Ali, os sete andares foram erguidos dentro do conceito Green Building (construção verde). O projeto arquitetônico, da implantação no terreno à escolha de materiais, foi cuidadosamente planejado, oferecendo conforto térmico e acústico, luminosidade natural e aproveitamento ideal de ventos e insolação.

Entre outros diferenciais da construção, vale citar que células fotovoltaicas convertem energia solar em elétrica. O aquecimento da água das torneiras é proveniente de painéis de aquecimento solar. Os vidros das janelas e portas de todo o prédio retém 70% de calor, diminuindo o consumo de energia do sistema de ar condicionado. Em cada ambiente estão instalados sensores que acendem com a chegada de uma pessoa e automaticamente desligam sem a presença humana.

Os telhados pintados de branco e todas as paredes foram revestidas  com cerâmica de cor clara, que refletem a luz solar, evitando a transferência de calor. Toda a água da chuva é captada e destinada para todos os fins que não seja o uso potável. Na própria empresa, em contêineres especiais, os funcionários podem deixar todos os produtos descartáveis (pilhas, baterias e lâmpadas). Isso também pode ser feito pelos moradores em volta do prédio da empresa.

Milton Espíndola  enfatiza  que a empresa sempre teve sede de inovação. “Se tem uma palavra que nos move desde o início é a inovação.  Esse espírito sempre procuramos passar para os profissionais que trabalham na empresa”, sustenta. Não é para menos que a empresa investe a cada ano cerca de R$ 7 milhões em inovação de produtos, serviços e processos.

Cada funcionário é estimulado a buscar a inovação “fora da caixa”, explica Espíndola. “Sempre queremos estar na frente. Buscar soluções que ainda não foram encontradas. Esse será nosso espírito para os próximos 40 anos”, enfatiza.

Nome: Mílton Espíndola

Empresa: Digitro

Natural: Florianópolis

Idade: 50 anos

Ocupação: Empresário

 

 

O QUE É A DIGITRO

Atividade:
Comunicação corporativa, Call e Contact center, convergências de Rede e PABX e soluções em inteligência pública e privada.
Colaboradores:
440

Sede:
Florianópolis

Atuação:
– Mais de 1.250 clientes ativos
– Operação anticorrupção chamada Lava Jato pode ressarcir nada menos do que R$ 44,4 bilhões aos cofres públicos, de acordo com estimativa do Ministério Público Federal.
– Investe a cada ano cerca de R$ 7 milhões em inovação de produtos, serviços e processos.

# Receita de Gestão

A Pixeon inicia o ano com o alcance de uma marca histórica: a líderança no Brasil e em toda América Latina na tecnologia para a saúde. Nascida em 2012 da fusão da Medical Systems, de São Bernado, em São Paulo, com a catarinense Pixeon, hoje a Pixeon Medical Systems é um modelo de empresa de inovação tecnológica focada na saúde, uma das áreas com maior potencial de crescimento no Brasil.

Comandada pelo jovem executivo Roberto Ribeiro da Cruz, a Pixeon busca complementar um porfólio de produtos e soluções que alcancem todas as necessidade do mercado que engloba a saúde. “Entre os fatores que alavancaram nosso crescimento, podemos destacar uma visão antecipada das oportunidades, a elaboração de produtos adequados e um processo de aquisições bem planejado”, define o CEO da Pixeon.

Com a maior base instalada de softwares para a saúde da América Latina, a empresa aposta em uma visão de longo prazo, com crescimento estruturado e a busca por novos mercados latinos. De acordo com ele, a expansão para a América Latina vem alicerçada por uma experiência altamente positiva na Argentina. Só nos últimos dois anos, o número de clientes atendidos pela companhia no país cresceu perto dos 60%. A atuação no mercado argentino vem amparada em soluções como o PACS (Picture Archiving and Communication System), que responde por aproximadamente 851 mil exames realizados no país todos os anos. Isso significa uma abrangência de nada menos que 2% da população do país.

O produto foi o único avaliado com notas acima da média na América Latina pela agência internacional KLAS, que lista globalmente os melhores fornecedores de tecnologia para a saúde. Além disso, a empresa incorporou ao portfólio o ClickVita (para entrega de exames on-line) e o Flow Performance (módulo em nuvem que gerencia e padroniza o processo de laudos). “Os lançamentos formam parte essencial da estratégia da Pixeon em oferecer soluções completas, posicionando-se como parceiro fundamental de instituições de saúde de novos países a partir de agora, como a Colômbia e a América Central, vista como um bloco de países e oportunidades”, garante o comandante da empresa.

No Brasil, já são mais de 2 mil clientes, com uma atuação que dobrou de tamanho entre 2013 e 2015. Com escritórios em Florianópolis, São Bernardo do Campo (SP) e Salvador e unidades de negócios distribuídas por todo o país, o sucesso da Pixeon também pode ser debitado a uma cultura amparada na visão de one stop shop software provider. Trata-se da oferta de uma série de produtos e soluções de maneira vertical, que abrange desde softwares de gestão a automatização de laboratórios e exames integrados.  “Buscamos atender tudo o que o cliente precisa, desde soluções para hospitais até clínicas”, diz Ribeiro da Cruz.

De acordo com o CEO da Pixeon, soluções completas garantem mais eficiência aos processos de instituições nas áreas laboratorial, de diagnóstico por imagens, policlínicas e hospitalar. Só na área hospitalar as projeções de crescimento superam os 81% de vendas nos próximos anos. “Inovação é a palavra-chave para o crescimento da Pixeon e um dos principais valores da empresa. Questionar, propor soluções criativas, pensar em alternativas mais ágeis e eficientes está no DNA da companhia”, assegura Ribeiro da Cruz.

Nome: Roberto Ribeiro

Empresa: Pixeon

Natural: São Bernardo do Campo

Idade: 47 anos

Ocupação: Empresário

 

 

O QUE É A PIXEON

Atividade:
Gestão completa de hospitais, laboratórios, centros de imagem e clínicas médicas
Colaboradores:
350e

Sede:
Florianópolis
São Bernardo do Campo
Salvador

Atuação:
– Aproximadamente 851 mil exames realizados na Argentina todos os anos.
– No Brasil, já são mais de 2 mil clientes, com uma atuação que dobrou de tamanho entre 2013 e 2015.
– Crescimento de 141,5%, encerrando o ano passado com receita líquida superior a R$ 58 milhões.

# Nasce um gigante

O empreendedor Rogério Gabriel detém uma posição invejável dentro do mercado corporativo e educacional brasileiro. Ele comanda nada menos que a maior rede de cursos profissionalizantes do mundo. Até pouco tempo, Gabriel era conhecido como o executivo que havia construído um império do ensino profissionalizante, o Grupo Prepara. A partir de 2017, uma nova e ousada cartada do empresário o levou ao topo do negócio, com a aquisição das redes de cursos profissionalizantes Microlins, People e S.O.S. Ele reposicionou o Grupo Prepara e criou a novíssima marca MoveEdu.

A nova empresa já nasceu gigante, líder do segmento em escala mundial, com 1,2 mil unidades franqueadas, 400 mil alunos e mais de 100 opções de cursos em áreas relacionadas à saúde, administração, informática, turismo, hotelaria, idiomas e cursos preparatórios como Enem e concursos públicos. A rede, que faturou R$ 300 milhões em 2016, deve dobrar de tamanho e lucratividade a partir de agora. A demanda por cursos profissionalizantes no país é realmente promissora: apenas 8,4% dos estudantes cursam educação profissional. De acordo com um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 40,2 milhões de brasileiros têm interesse em fazer cursos de qualificação profissional, mas apenas 3,4 milhões têm acesso a essa modalidade educacional.

“Existe um grande potencial de crescimento neste mercado por isso é preciso investir e oferecer opções de estudos para que a população se qualifique e a economia brasileira volte a crescer”, assegura o comandante da MoveEdu, que planeja ampliar ainda mais o número de estudantes inscritos em seus cursos nos próximos anos.

A estrada que a MoveEdu passa a trilhar a partir de agora é promissora, mas o caminho percorrido deixou as marcas dos erros e acertos na trajetória do executivo. Até chegar ao posto de CEO de uma das maiores redes de franquias do país, Rogério Gabriel teve de perseverar na trilha do empreendedorismo, com muito esforço e trabalho. Oriundo de uma família de empreendedores do segmento de alimentação, o jovem Rogério tinha como hábito acompanhar o pai nas tratativas que fazem parte do cotidiano dos negócios. Com o tempo e através do aprendizado contínuo que o varejo proporcionava, decidiu que iria se tornar dono do próprio negócio. Apaixonado pela área de tecnologia, Rogério se formou em Ciência da Matemática e Computação pela Unicamp. Nesse período estagiou em uma grande empresa do setor, em São José do Rio Preto, onde obteve um ótimo desempenho e abriu as portas para chegar à diretoria. Mas o desejo de ter um negócio próprio continuava pulsante e o levou a pedir demissão.

Rogério teve o apoio de seu ex-patrão que já via no jovem empreendedor as qualidades que o levariam muito além. Assim, aos 25 anos, ele criou sua primeira empresa, a Precisão Informática, uma das maiores empresas do segmento do interior de São Paulo. Mas, em 2001, com o boom do setor, as margens de lucratividade começaram a ficar cada vez menores e o negócio não prosperou. Naquele momento, ele amargou um prejuízo de R$ 10 milhões e não teve outra solução que se reinventar.

A virada veio através de um insight, que iria nortear os passos de Rogério a partir de então. Em uma das salas da Precisão, onde eram oferecidos treinamentos corporativos de informática, percebeu uma grande oportunidade: oferecer cursos profissionalizantes para jovens que desejavam ingressar no mercado de trabalho. Assim, em 2004, surgiu a primeira unidade da Prepara Cursos, em Catanduva – interior de São Paulo. Com a experiência acumulada na área da tecnologia – especialmente no desenvolvimento de softwares – criou um método inovador, de ensino individualizado, que utilizava os recursos tecnológicos para melhorar o aprendizado dos alunos.

O modelo permitia que vários estudantes utilizassem a mesma sala de aula, mas com estágios de aprendizado diferentes, cada um no seu computador. A fórmula deu certo e, um ano depois, a segunda unidade era inaugurada em São José do Rio Preto, onde atualmente é a sede da MoveEdu. Com a consolidação do negócio, a expansão ao modelo de franquias foi um passo natural. Os primeiros seis franqueados foram ex-funcionários que acreditaram no projeto e investiram suas economias para abrir as primeiras escolas da Prepara Cursos.

O impulso inicial e a crescente aceitação, no entanto, não freou a capacidade de reinventar-se, que Rogério trazia desde os primeiros dias como empreendedor. Decidido a diversificar o portfólio da empresa, criou, em 2012, a Ensina Mais, uma rede de apoio escolar baseada em recursos tecnológicos, para ensinar robótica, português, matemática, inglês e informática para alunos do Ensino Fundamental.

Com 100 unidades em operação, mais uma vez Rogério percebeu a necessidade de reformular o formato para impulsionar os negócios no mercado educacional. Passou então a operar como “Programas Educacionais Ensina Mais Turma da Mônica”, através de uma parceria com a Mauricio de Sousa Produções. O projeto trazia uma nova metodologia, baseada em um inventivo material didático e toda infraestrutura imersa nas histórias dos personagens dos gibis, oferecendo um ensino baseado em novas tendências educacionais do Século 21.

Com o crescimento da empresa e a oferta de novos cursos foi a vez de ampliar a atuação no segmento de ensino de idiomas. Através de uma parceria com a Linguaphone Group teve início o Pingu´s English, curso de inglês para crianças de dois a dez anos, que se baseia na facilidade de aprendizagem que as crianças demonstram na primeira infância. Atualmente a marca já possui 12 unidades em todo o país e continua em expansão. Completando o portfólio em ensino de línguas, a English Talk passou a ser a extensão do grupo voltada ao público jovem e adulto, com metodologia híbrida inovadora e utilizada pelas maiores universidades do mundo.

Com o sucesso obtido na rede de ensino profissionalizante, em 2012 Rogério Gabriel se tornou empreendedor Endeavor, uma das principais organizações de fomento ao empreendedorismo no mundo. A MoveEdu foi um dos dez cases que a entidade escolheu para publicar no livro #VQD – Vai que Dá, onde relata a história de dez empreendedores brasileiros que transformaram o sonho de empreender em empresas de alto impacto na sociedade. A “estreia” no mercado editorial seguiu-se com a publicação de seu primeiro livro: Do Chão ao Topo – A saga do empreendedor que criou a maior rede de escolas profissionalizantes do mundo, escrito em parceria com o jornalista Joaquim Castanheira, onde conta detalhes de sua trajetória de erros e acertos, até a absoluta consolidação do negócio.

Acima de tudo, Rogério Gabriel garante que o compromisso do grupo é com a expansão do conhecimento no país. “Desde o início, alcançamos um crescimento orgânico aliado à qualidade do negócio. É isso que nós vamos continuar perseguindo, agora com a MoveEdu”, define o empresário.

Nome: Rogério Gabriel

Empresa: MoveEdu

Natural: São Paulo

Idade: 53 anos

Ocupação: Empresário

 

 

O QUE É A MOVEEDU

Atividade:
Cursos profissionalizantes.
Franqueados:
1.200

Sede:
São José do Rio Preto

Atuação:
– 400 mil alunos ativos.
– Mais de 100 opções de capacitação profissional.
– Maior rede de cursos profissionalizantes do mundo.

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