O empreendedorismo feminino no Brasil e as variáveis profissionais

Vanessa Muglia, cofundadora da BHub, startup fundada em 2021, dá dicas para quem quer buscar espaço

O empreendedorismo feminino tem crescido gradativamente nos últimos anos no País. De acordo com um estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a participação das mulheres empreendedoras no Brasil corresponde a  34% no universo de donos de negócio.

O estudo, feito com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc), apontou ainda, que após reduzir para um total de 8,6 milhões, no 2º trimestre de 2020, o número de mulheres à frente de um negócio no Brasil fechou o 4º trimestre de 2021 em 10,1 milhões.

Vanessa Muglia, cofundadora da BHub, primeira startup de Gestão por Assinatura (GPA) da América Latina, conta que sua jornada como empreendedora teve início em 2020 e dá dicas para mulheres que querem buscar espaço no mercado.

“Decidi empreender aos 32 anos. Na época, tinha uma carreira bem sucedida e estável no mundo da advocacia. Largar tudo não foi uma decisão fácil, ainda mais considerando todo suor, energia e horas investidas ao longo de muitos anos. Mas, a possibilidade de criar algo que tivesse propósito, do jeito que eu acreditava ser certo, despertou uma sensação que eu não sentia há muito tempo”, avalia.

Para Vanessa, que executa a função de Chief Legal Officer (CLO), ou seja, diretora jurídica na BHub, para iniciar no empreendedorismo é importante compreender que o trabalho precisa ser constante, pois são diversas as variáveis que determinam o sucesso ou o fracasso do projeto.

“É importante primeiramente reconhecer as suas vulnerabilidades e enfatizar as suas qualidades e competências. Acreditar e ter propósito no que se quer construir, influencia positivamente nesse contexto, e isso impacta diretamente nos objetivos”, destaca.

A diretora executiva argumenta ainda que adotar esse tipo de mentalidade não é uma tarefa fácil, porém a sugestão é cercar-se de pessoas qualificadas e de confiança.

“Como experiência, penso que escolher bem as pessoas que estarão ao seu lado é um ponto de partida. Ao longo dessa minha jornada empreendedora foram e são essas pessoas que apontam para a luz no fim do túnel e, principalmente, que não me deixam parar de acreditar em mim mesma”, sugere.

Confira outras dicas de Vanessa Muglia sobre empreendedorismo feminino:

  • Escolha muito bem os seus sócios;
  • Cerque-se de pessoas boas e de confiança;
  • Não tenha medo de arriscar;
  • Não espere tudo estar perfeito para começar;
  • Aproveite a jornada.

A BHub conta hoje com 350 clientes, entre startups, unicórnios e PMEs, oferece soluções de backoffice no modelo de assinatura mensal, e disponibiliza uma plataforma com acesso a um dashboard customizado para monitoramento em tempo real dos principais KPIs financeiros das respectivas marcas. Além disso, a empresa, que conta hoje com aproximadamente 100 colaboradores, dispõe de profissionais engenheiros, contadores, comunicadores, advogados, entre outros.

Vanessa Muglia: Formada em Direito pela PUC-RJ, com LL.M na NYU e MBA em Finanças pelo Insper, Vanessa Muglia é Chief Legal Officer (CLO) e cofundadora da BHub, uma startup membro do Cubo Itaú, a primeira empresa de gestão por assinatura da América Latina. São mais de 10 anos na advocacia privada, com passagens pelos escritórios Veirano Advogados e Ulhôa Canto, Rezende e Guerra Advogados. Em 2020, decidiu se aventurar como empreendedora, co-fundando a Civi e atuando como Head de Business Operations da empresa por cerca de dois anos.

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