O protagonismo da tecnologia

Com o rápido avanço da pandemia do Coronavírus no Brasil e no mundo, em questão de dias, milhares de pessoas e empresas precisaram se adaptar a uma nova realidade. O comércio, empresas, restaurantes, bares e hotéis fecharam suas portas para o público e muitas salas de casa viraram home office.

Neste cenário, a tecnologia se mostrou uma protagonista fundamental para a transformação digital imposta, assim como no combate e prevenção da doença.

O vírus já está sendo um grande acelerador do futuro, antecipando tendências e coisas que se acreditava que aconteceriam muito mais à frente.

Novos hábitos e comportamentos já podem ser observados. Professores tiveram que se adaptar a educação a distância, empresas buscaram novas funcionalidades para conseguir integrar equipes e ter produtividade no trabalho remoto, negócios baseados em vendas presenciais começaram a operar via e-commerce e o delivery deixou de ser uma opção para restaurantes que querem sobreviver, trazendo mudanças nas experiências de compras de produtos e serviços.

As experiências culturais, com transmissões ao vivo na Internet de shows de artistas e espetáculos dos mais diversos, também devem alterar a forma como socializamos com os amigos e familiares.

As empresas de base tecnológica que já ofereciam soluções para os segmentos mais afetados estão conseguindo se manter e até mesmo crescer nessa crise.

Tecnologias como big data, inteligência artificial e computação na nuvem se destacam no combate ao vírus e aprimoram a eficiência operacional de diversos setores.

No ecossistema catarinense, temos diversos exemplos de startups e empresas que adicionaram novas funcionalidades às suas soluções e mudaram seus modelos de negócios rapidamente, atentos ao que está por vir.

Passado o período de distanciamento social, acredito que haverá uma reconfiguração dos espaços de trabalho e do comércio como um todo, criando novos desafios de adaptação por partes das pessoas e das empresas aos modelos anteriores.

Muitas transformações já aconteceram devido à crise do Coronavírus. Ainda é prematuro avaliar quais serão permanentes e quais transitórias, pois isso depende muito do desenvolvimento de uma vacina e medicamentos comprovadamente efetivos.

Se, por um lado, a crise gera uma questão de aumentar o propósito do seu negócio, no sentido que estamos todos enfrentando o mesmo problema, então os setores precisam se unir e trabalharem juntos. Por outro lado, a mudança na forma de trabalhar, e se relacionar, ainda está em plena transformação.

Partindo da perspectiva de incerteza da duração desse cenário, não é possível prever o que mais pode surgir. Porém, de uma coisa eu tenho certeza: as coisas nunca mais serão como foram anteriormente no que tange ao propósito das organizações, e a tecnologia deve estar aliada a isso, com o objetivo maior de ajudar as pessoas e defender a saúde dos cidadãos.

*Daniel Leipnitz é presidente da ACATE (Associação Catarinense das Empresas de Tecnologia).

 

 

 

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