Operações de crédito ficam mais caras em julho, diz Anefac

Pela terceira vez neste ano, as operações de crédito ficaram mais caras em julho, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Para as pessoas físicas, o aumento médio foi 0,55% com a taxa passando de 5,45% para 5,48%, o que corresponde a um acumulado ao ano de 89,69%. Com esse resultado, a taxa foi a maior desde novembro de 2012, mês em que estava em 5,63% ao mês e 92,95% ao ano.

Das seis linhas de crédito pesquisadas, cinco tiveram correções e uma ficou estável. A maior alta ocorreu, justamente, na modalidade em que as tomadas representam sempre o menor custo, a do Crédito Direto ao Consumidor (CDC) obtido nos bancos e em financiamentos sobre a compra de automóveis, com taxa fixada em 1,58% ou 3,27% acima do índice de junho.

Isso significa que, por ano, o consumidor vai pagar juros de 20,70% ante 19,99%, registrado em junho. Essa taxa é a maior desde novembro do ano passado quando o juros do CDC atingiu 1,64% ao mês e 21,56% ao ano. Já no caso do cartão de crédito, que tem os maiores juros, a taxa permaneceu a mesma da registrada em junho com 9,37% ao mês e 192,94% ao ano. No comércio, o índice subiu de 4,08% para 4,10%.

Se a opção foi recorrer ao empréstimo pessoal em financeiras, o tomador encontrou na média juros de 6,99%, alta de 0,43% sobre junho, que elevou a taxa ao ano para 124,97%. Essa taxa é mais alta desde novembro de 2012, quando estava em 7,42% ao mês e 136,06% ao ano.

Essa mesma operação, nos bancos teve correção no mês de 3,08%, com alta de 1,32% e uma taxa ao ano de 43,91%. O empréstimo pessoal em bancos também apresentou a taxa mais elevada desde novembro do ano passado, época em que estava em 3,14% ao mês e 44,92% ao ano.

No uso do dinheiro do cheque especial, a segunda linha mais cara entre as seis pesquisadas, houve aumento de 0,52% com a taxa passando de 7,73% para 7,77% ao mês, e 145,46% ao ano. Neste caso, a taxa foi a maior desde dezembro do ano passado quando alcançou 7,82% ao mês e 146,83% ao ano.

A taxa de juros média praticada no mercado no conjunto de seis estados (São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná), além de Brasília, atingiu 4,10% ao mês e 61,96% ao ano. A mais elevada foi encontrada no Paraná com índice de 4,18% no mês e de 63,46% e a menor foi praticada em São Paulo com 3,94% no mês e 59% ao ano.

O diretor executivo de Estudos Econômicos da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, justificou por meio de nota que os aumentos são reflexos da última alta da taxa básica de juros, a Selic, que subiu de 8% para 8,5%, em 10 de julho passado.

Informações Agência Brasil

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