Quatro questões fundamentais para exportar produtos frescos

O Brasil é conhecido no mundo inteiro pela qualidade e variedade da sua produção agrícola. Nossas frutas e verduras não são só motivo de orgulho, como também sinônimos de bons negócios. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), os dois primeiros meses de 2018 foram positivos para a exportação. Mais de 124,3 mil toneladas foram enviadas para outros países – 14,4% a mais do que no mesmo período do ano passado. Mas, o que é necessário para que as ações sejam ainda mais lucrativas para quem vende e para quem compra? Os processos que envolvem essa operação são muito mais complexos do que imagina o consumidor. O especialista em Fresh & Frozen da DC Logistics Brasil, Jeferson Boschetti, comenta que a exportação de frutas vai desde símbolos do comércio exterior brasileiro como laranja e banana, até itens como avocado, manga, melão, maçã e limão. “Um dos nossos grandes aprendizados nos últimos anos foi a necessidade de entender também do campo e da produção para que tudo saia como o planejado”, explica. De acordo com ele, quatro questões básicas são fundamentais na hora de pensar na logística de produtos frescos:

Tipo de transporte – Geralmente o transporte marítimo e aéreo são usados para frutas e produtos frescos. Porém, há casos em que as vias terrestres são a melhor opção – quando a relação comercial é com a América Latina, por exemplo. Jeferson explica que a partir da decisão sobre o meio a ser utilizado, inicia-se o gerenciamento da logística com eficiência desde a origem ao destino, garantindo assim a qualidade de cada produto.

Época do embarque – Planejar é o verbo fundamental para o sucesso da operação. Além das questões comerciais, legais e fiscais da exportação, é importantíssimo estudar em qual momento a fruta será embarcada. “A logística de transporte e o manuseio pós-colheita são fundamentais para a manutenção da qualidade das frutas frescas, assim como para a sustentabilidade da produção e a rentabilidade do agronegócio”, explica Jeferson.

Acondicionamento durante o percurso – Há vários tipos de contêineres, assim como tecnologias de manutenção da temperatura, umidade e condições específicas em cada um deles. Da mesma forma com os caminhões. Depois da decisão sobre o tipo de transporte a ser utilizado e a época em que o produto será colocado em trânsito, é importante analisar quais são as necessidades de cada produto.

Desembaraço aduaneiro sem complicações – A burocracia faz parte do processo e é uma ferramenta para dar segurança a todos os envolvidos. Usá-la com inteligência é muito importante para evitar complicações. “Contar com um parceiro que assegure que tudo está de acordo com as normas do país de destino, que a carga chegará intacta – seja através de caminhões, aviões ou navios – e o desembaraço aduaneiro será tranquilo e dentro do prazo planejado, é fundamental”, finaliza o especialista.

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