Convênio tenta diminuir burocracia nas exportações dos pequenos negócios

A união faz a força e, para melhorar o acesso ao comércio exterior para os pequenos negócios, essa máxima não é diferente. Nesse clima de colaboração, o Sebrae realizou o Seminário Pequenos Negócios e Mercados Internacionais, em que foi firmado um convênio de cooperação técnica entre o Sebrae e a Apex, pelos presidentes Guilherme Afif Domingos e Roberto Jaguaribe, respectivamente. Atualmente, as micro e pequenas empresas respondem por apenas 1% do valor total exportado no Brasil.

O convênio tem duração de dois anos e prevê ações conjuntas na promoção e preparação dos pequenos negócios para o comércio internacional. Estudo do Sebrae identificou mais de 140 entraves nas transações de importação e exportação pelos pequenos negócios. “Precisamos remover o entulho burocrático que impede o livre trânsito de mercadorias. Para isso, vamos unir forças não só com a Apex e outros parceiros no Brasil, mas também no exterior – o primeiro será com a Argentina, que servirá de modelo para os demais”, explicou Afif. Jaguaribe complementa: “Esse tipo de parceria visa dar competência e entendimento instrumental para as micro e pequenas empresas operarem com comércio exterior.”

Complementaram a programação uma palestra do consultor italiano Nicola Minervini, especialista em comércio exterior, além da apresentação de dois casos de pequenos negócios bem-sucedidos – a brasileira WNutritional, que vende bebidas de nutrição funcional para Estados Unidos e Panamá, e a costa-riquenha Visa, de produtos agropecuários. Para terminar o dia, um workshop apresentou soluções oferecidas por Sebrae, Correios, Banco do Brasil, Apex e BID, entre outros.

Daniel Feferbaum, CEO da WNutritional, assinalou que, apesar das dificuldades burocráticas, é o empresário que fará a diferença na hora de exportar. “É difícil, dá trabalho, mas temos de chamar a responsabilidade. A burocracia não pode servir de desculpa para não exportar”, resumiu. Discurso semelhante permeou a aplaudida apresentação de Minervini. Para o consultor, primeiro, o empresário precisa olhar para dentro do seu negócio e, caso siga o caminho da exportação, que o faça pelas razões corretas. “Exportar não é saída para a crise, mas uma forma de crescer”, destacou.

 

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