Setor de franquias quer democratizar o sistema para a classe C

O mercado brasileiro de franquias pretende investir, cada vez mais, na democratização do sistema. Os financiamentos oferecidos pelos bancos oficiais e pelas agências de fomento estaduais, como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste e a Agência de Fomento do Rio de Janeiro (AgeRio), que oferecem taxas de juros reduzidas, facilitam o acesso da classe C às microfranquias.

A avaliação é do presidente da Associação Brasileira de Franchising do Rio de Janeiro (ABRF-RJ), Beto Filho, em entrevista à Agência Brasil, ao participar da cerimônia de abertura da 7ª Feira Rio Franchising Business, no Riocentro. “Ela pode se habilitar, porque nós temos franquias a partir de R$ 10 mil”. Segundo ele, o franchisingdiminui o risco de investimento dos bancos, abrindo a possibilidade para que muita gente ingresse nesse mercado.

O setor de microfranquias nacional cresceu 22% em 2012, em relação ao ano anterior, passando de R$ 3,7 bilhões para R$ 4,5 bilhões. O número de redes cresceu 10%, de 336 para 368, enquanto o total de unidades evoluiu de 12.561 para 13.352, com expansão de 6%. “E vai crescer mais, porque é onde tem a possibilidade de haver maior número de franqueados, de pessoas com menor renda poderem virar um franqueado empreendedor”, disse.

O Brasil subiu uma posição no ranking mundial, ocupando a terceira colocação, atrás da China e dos Estados Unidos, graças ao crescimento de 19,4% observado no número de redes. Elas somaram 2.426, no ano passado, contra 2.031 redes existentes no ano anterior. O número de unidades de franquia subiu 12,3% no período, com um total de 104.543. O faturamento também aumentou 16,2% em 2012, em relação a 2011, de acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), atingindo R$ 103,2 bilhões.

Para este ano, a meta é, pelo menos, repetir o crescimento observado em 2012. “Pelas projeções, a gente está muito próximo de finalizar o ano acima de dois dígitos e repetindo o aumento do ano passado”, declarou Beto Filho.

Durante a 7ª Rio Franchising Business, que se estende até sábado (28), serão debatidos os rumos do mercado de franquias no país. O presidente da ABF-RJ informou que a expansão observada no ano passado repercute na geração de empregos no país. “Hoje, nós temos mais de 3 milhões de pessoas ligadas ao sistema de franquia”. O segmento criou no ano passado 103 mil novos postos de trabalho diretos, com aumento de 12,3%, resultando em mais de 3,7 milhões de empregos indiretos. Para 2013, a estimativa da ABF é elevar em 11% a criação de postos de trabalho.

Na opinião de Beto Filho, em situações de crise, o setor é o último a ser afetado e o primeiro a sair da crise. Outro fato curioso que ocorre nesse segmento é que, “normalmente, 95% das pessoas que adquirem franquias são ex-funcionários. Eles liberam uma vaga onde trabalhavam, viram empreendedores e passam a ser empregadores”. Ele considera muito importante esse movimento do empregador social causado pelofranchising.

Depois de São Paulo, o estado do Rio de Janeiro é o segundo maior mercado de franquias no Brasil. “Proporcionalmente ao número de municípios, o resultado é muito parecido. Porque São Paulo tem muito mais cidades que o Rio. Em número de marcas e de faturamento, é muito proporcional ao tamanho”, disse. Os dados revelam que o Rio de Janeiro cresceu 17,7% em termos de faturamento, em 2012, e 17% em número de redes. O estado do Rio representa, atualmente, 12,6% do sistema de franquias nacional.

Informações Agência Brasil

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