Trajetória em ascensão em empresa de transformação digital

Empresária conta um pouco da trajetória e da empresa de transformação digital focada em people experience, com o propósito e diferencial de unir tecnologia, pessoas e negócio

Evelise Canali é sócia-fundadora da Mageda Digital, empresa com soluções integradas de transformação digital aplicada. Ela sempre teve aptidão pela otimização de tempo. Foi devido a uma rotina intensa, que decidiu facilitar processos e vislumbrou uma oportunidade de negócios. Começou sua carreira na área da comunicação, em 2008, formada em publicidade e propaganda pela ESPM. Sua primeira atuação na área foi em uma grande agência de publicidade, na qual atuava como assistente de contas, com foco brand experience. Posteriormente, trabalhou com comunicação integrada em uma empresade projetos proprietários para grandes marcas. Até que liderou importantes projetos cross sector e multidisciplinares da Coca-Cola e da Johnson & Johnson.

Neste momento, começou a se ver em uma rotina intensa. Já com visão na percepção do cliente, projetos digitais, experiência de cliente, metodologias de design com foco em facilitar processos multidisciplinares e quebra de silos, uma vez que percebeu que as barreiras do mercado tradicionais ainda eram muito maiores que seu poder de transformação, naquele momento sozinha, se atentou a um nicho de mercado: a transformação digital.

Foi então que se especializou em transformação digital por meio de pessoas, com o intuito de alcançar seus objetivos. Após dedicar-se integralmente às especializações, bem como em uma dinâmica de integrar áreas de negócios e tecnologia no processo digital, em 2017, iniciou um novo desafio e, fundou, junto com Danilo Tanaka, a Mageda Digital, uma empresa de transformação digital focada em people experience, com o propósito e diferencial de unir tecnologia, pessoas e negócio.

Mesmo com poucas mulheres a frente dessa atuação, em um mundo tradicionalmente masculino, e com quase 100% da gestão das áreas relacionadas a TI providas por homens, Evelise se destaca como referência, com o sucesso da empresa, criando estratégias saudáveis que condizem com a realidade e desejo de crescimento do cliente, e inspirando outras mulheres que sonham com essa carreira no meio tecnológico.

Ela contou em entrevista ao Portal Empreendedor um pouco do início da trajetória neste ramo.”Participei no mercado corporativo de grandes projetos, então eu brinco que eu sou privilegiada, porque fui líder de projetos como patrocínio de Copa do Mundo, liderei grandes marcas, fui brand da Coca-Cola, Johnson & Johnson, Johnson’s Baby, Neutrogena, entre outras grandes marcas. Sempre com projetos e lançamentos, tive o privilégio de liderar o lançamento de Aveeno no Brasil; patrocínio de Olimpíadas, Copa do Mundo e Copa das Confederações”, afirmou e conta: “sempre tive grandes desafios, aos 25 anos já era gerente de marketing em uma multinacional, então atingi grandes objetivos e resultados na minha carreira muito cedo: fiz a maior campanha de doação de sangue já feita no Brasil; a maior campanha de comunicação integrada já feita no país; participei em 2014 do maior ano de investimentos em digital e naquela época tive o vídeo com maior visualizações do Facebook; a maior campanha integrada global; maior campanha de saúde no digital em 2014; e fiz uma das campanhas mais disruptiva no setor de limpeza.”

Conquistou grandes troféus e premiações, mas a  realização pessoal não vinha, porque era uma grande insatisfação: todos os processos, planilhas, politicagem, gerando uma exaustão mental e física. Eram altas horas de trabalho, tentando se encaixar no modelo e no processo fazendo o melhor. Até que teve Burnout, entrou em saturação e descobriu que aquilo não era mais viável para mim. “Resolvi sair do mercado corporativo, comecei a empreender e levei para minha visão de liderança a frase “para de tentar lapidar seu diamante e começa a ilustrar seu brilho”, seguindo um conselho que um líder um dia me deu. Isso eu carrego para minha visão de liderança, que influenciou e me motivou cada vez mais.”

Sobre os desafios de ser mulher, ela conta que está um pouco alinhado com essa visão de liderança. “A gente está sendo sempre muito lapidada ou melhor dizendo, a sociedade colocando um padrão e uma expectativa em nós. Eu sou muito extrovertida, então não posso falar muito alto, tenho que me preocupar com a forma de sentar, de portar, de negociar, de me posicionar, há sempre “uma forma de” que enquanto mulher eu não posso fazer tal coisa, de ter tal jeito. E eu me libertei, entendi que esse problema é dos outros e não meu. Eu me assumi enquanto mulher, quem eu sou e como sou. Sou expansiva, extrovertida, sou uma mulher agitada, hiperativa e é isso que me move e sinto prazer pelo o que eu faço. Tudo o que eu faço é com muita energia e isso é o que me faz ser eu.”, diverte-se e conclui: “Então os desafios que enfrentei enquanto mulher foi quebrar esse padrão de ter o tempo inteiro que me lapidar, e o mercado corporativo reforçou isso ainda mais em mim. É uma luta diária comigo mesma para quebrar dentro de mim esse próprio modelo já instaurado de que eu tenho que me moldar, tenho que fazer isso ou aquilo, tenho que me desenvolver em tal ponto, tenho que me adaptar etc. Não! Eu não tenho que fazer isso.”

Evelise acha que é uma luta diária, porque as mulheres estão sempre sendo comparadas e rotuladas. “Há uma frase que eu gosto de falar que eu determinei para seguir, “que na minha vida, para mim, não vai existir barreira enquanto mulher”. Se isso for um problema, é um problema do outro e não meu. Então, encaro de forma como se não existissem essas barreiras e esse é meu principal conselho para as mulheres.”, afirmou.

 

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