Vendas do varejo aumentam 22% após a desoneração do IPI para os eletrodomésticos

Vendas do varejo aumentam 22% após a desoneração do Imposto para Produto Industrializado para os eletrodomésticos de linha branca, divulga IDV

Desde o decreto baixado pelo governo, em dezembro do ano passado, que desonerou o IPI de eletrodomésticos de linha branca, as vendas destes produtos no varejo aumentaram, em média, 22,63% nos últimos três meses. Os dados foram obtidos com todos os associados do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo). Este grande aumento de vendas de eletrodomésticos de linha branca impactou positivamente também em outras linhas de produtos, e no período de dezembro a fevereiro, as vendas de eletroeletrônicos também subiram, em média, 12,13%.

A expansão da rede de atendimento do varejo, os grandes investimentos em novas lojas, equipamentos, estoques de produtos, inovação e tecnologia e a desoneração do IPI ajudaram a viabilizar a incorporação da nova classe média emergente ao mercado de consumo.

O crescimento em unidades vendidas de eletrodomésticos de linha branca foi ainda maior e continua aumentando gradativamente. Em dezembro de 2011 o aumento foi de 26,11%, passando a 27,30% em janeiro e 31,84% em fevereiro, ou seja, uma média de 28,42%; decorrência direta da redução dos preços e também da política de descontos adicionais praticada pelo varejo.

Com isto, as redes varejistas têm levando aos consumidores os bens que tanto aspiravam ao preço que eles têm condições de pagar.

O mercado varejista estima que as vendas globais em março tenham uma alta de 6,5%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Esta é a projeção do IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), estudo realizado mensalmente com os associados do IDV, que já havia previsto e, posteriormente, constatou altas de 6,5% e 7,4% nas vendas de janeiro e fevereiro, respectivamente, sendo que um dos fatores que influenciaram fortemente este crescimento foi justamente a desoneração do IPI para os eletrodomésticos de linha branca.

“É fundamental que o governo mantenha essa desoneração por mais seis ou 12 meses, uma vez que este decreto deixará de vigorar após 31 de março. O IDV está justamente demonstrando junto ao governo a necessidade de que ele seja renovado”, explica o presidente do instituto, Fernando de Castro. “Seria importantíssimo que essa medida pudesse ser estendida para outros setores de bens duráveis, que são fortes alavancadores de vendas e de atividade econômica em geral, tais como móveis, materiais de construção e artigos eletrônicos”, completa Castro.

Os resultados da economia brasileira em 2011 demonstraram que o varejo faturou R$ 776 bilhões, excluindo veículos e peças automotivas, e que em 2012 trabalhará para ultrapassar a marca dos R$ 800 bilhões. Além disso, pelo oitavo ano consecutivo, as despesas de consumo das famílias brasileiras aumentaram. O crescimento deste setor foi de 4,1%, superando o do PIB, o que reforça estas expectativas do varejo.

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