Walmart no Brasil tem queda nas vendas e quer “melhorar reputação”

O presidente do Walmart International, Doug McMillon, disse ontem que as vendas no Brasil, ao descontar os efeitos inflacionários (vendas reais) tiveram queda no terceiro trimestre do ano fiscal da companhia. No entanto, em termos nominais, foi verificada alta, algo que foi comemorado pela companhia.

Além disso, o comando da varejista informou que a política comercial do "preço baixo todo dia", implantanda pelo Walmart em todo o mundo, atingiu uma taxa de 80% de produtos à venda no país e está na fase final de implantação. "As vendas líquidas, as vendas em termos de mesmas lojas e média do valor do tíquete cresceram no terceiro trimestre em termos nominais [no Brasil]. E estou orgulhoso de dizer que as despesas cresceram mais lentas do que vendas", disse ele a um grupo de analistas, ao comentar a operação local.

Em termos reais, no entanto, as vendas líquidas do Brasil no terceiro trimestre caíram 1% e para o critério de mesmas lojas (pontos abertos há mais de 12 meses), o recuo foi de 5,7%. O tíquete médio das lojas no Brasil declinaram 0,8% em termos reais, e tráfego de clientes também foi baixo, conta a companhia. "Nós vemos a necessidade de melhorar a nossa reputação de liderança de preços no Brasil para aumentar as nossas transações", disse McMillon.

Segundo ele, a rede converteu um número significativo de itens para a política do "preço baixo todo dia", com mais de 80% dos itens de mercearia e itens de consumo dentro do formato desse novo posicionamento comercial. Esse formato de operação consiste na oferta de produtos com valores estáveis e, na avaliação da empresa, mais baixos que a média do mercado, e o fim da política de preços promocionais.

O Walmart tem implementado essa estratégia no Brasil ao longo do ano, o que tem exigido um esforço de negociação com fornecedores e um alto gasto de marketing para explicar a nova postura em campanhas publicitárias.

No terceiro trimestre, a margem de lucro bruto como porcentagem de vendas foi estável em relação ao ano passado, sem elevação no intervalo, e as despesas operacionais no Brasil tiveram uma melhora por conta de um progresso na gestão de despesas. "Mas, ainda temos um longo caminho a percorrer em relação ao Brasil em termos de lucro operacional".

Nos últimos 12 meses, a companhia informa que abriu 44 novas lojas no país, elevando a contagem para 496. Isto inclui nove novas lojas no terceiro trimestre deste ano.
 

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