Por Fernando Nunes, cofundador e CEO da Transfeera*
O surgimento do Pix, em novembro de 2020, marcou uma nova era nos meios de pagamento do Brasil. Desenvolvido pelo Banco Central, o sistema instantâneo de transferências revolucionou a forma como pessoas e empresas realizam transações financeiras no país. O que começou como uma alternativa aos métodos tradicionais, como TED e DOC, logo se tornou uma necessidade para empresas e consumidores.
A popularização do Pix no Brasil é resultado de diversos fatores. Em primeiro lugar, a sua praticidade e agilidade são incomparáveis. Com transações instantâneas, 24 horas por dia, 7 dias por semana, o Pix se tornou a escolha óbvia para quem busca eficiência e conveniência. Além disso, a gratuidade para pessoas físicas incentivaram a sua adoção em larga escala.
No mercado B2B, o Pix se tornou indispensável. Empresas que precisam realizar pagamentos rápidos e seguros encontraram no Pix a solução ideal. A possibilidade de integrar o Pix aos sistemas de pagamento facilitou a vida de empreendedores e gestores financeiros, tornando-o uma das primeiras opções para transações comerciais.
No B2C, o Pix também conquistou espaço rapidamente. A facilidade de uso, aliada à sua presença em praticamente todos os bancos e fintechs, fez com que os consumidores aderissem ao Pix como forma preferencial de pagamento. Seja para compras online ou em estabelecimentos físicos, o Pix se tornou sinônimo de rapidez e segurança.
Com a popularização do Pix, outras modalidades de pagamento perderam espaço. O TED e o DOC, que antes eram os métodos mais utilizados para transferências, viram sua relevância diminuir significativamente. O boleto bancário, por sua vez, também foi afetado, com muitos estabelecimentos passando a oferecer o Pix como opção de pagamento, tornando o processo mais rápido e eficiente para o consumidor.
A adaptação das modalidades de pagamento ao Pix também é evidente. Novos serviços, como o Pix automático e o BolePix, surgiram para facilitar ainda mais a vida dos usuários. O Pix parcelado, por exemplo, é uma opção que vem ganhando espaço, permitindo que consumidores dividam suas compras de forma simples e rápida.
Olhando para outros países, vemos que o Brasil está na vanguarda dos meios de pagamento. Países como a Suécia, que já adotaram sistemas de pagamento instantâneo há alguns anos, mostram que o Pix é apenas o começo de uma transformação ainda maior. A tendência é que cada vez mais países adotem sistemas semelhantes, impulsionando a inovação no setor financeiro global. Inclusive, já existem discussões entre países para adoção de pagamento instantâneo transfronteiriço, ou seja, pagamentos instantâneos entre diferentes moedas/países, e o Pix tem sido visto como referência. Esse movimento também deve ajudar na digitalização do dinheiro.
Para o futuro, as expectativas são otimistas. Com a consolidação do Pix como principal meio de pagamento no Brasil, espera-se uma maior integração entre os sistemas financeiros e uma maior inclusão financeira. O Pix tem o potencial de democratizar o acesso aos serviços financeiros, tornando-os mais acessíveis e eficientes para todos os brasileiros.
Em resumo, o Pix se tornou um meio de pagamento obrigatório para as empresas oferecerem devido à sua praticidade, segurança e eficiência. Sua popularização impactou diretamente no mercado financeiro brasileiro, influenciando na queda do uso de outras modalidades e incentivando a criação de novos meios de pagamento. O futuro promissor do Pix sinaliza uma revolução contínua nos meios de pagamento no Brasil e no mundo.
*Com mais de 15 anos de experiência em comunicação digital, Fernando Nunes já passou por empresas como Sapient AG2, A2C e ContaAzul. Cofundador e CEO da Transfeera, fintech que fornece infraestrutura de pagamento instantâneo para empresas, ele estruturou as áreas de Marketing, Vendas e Customer Experience, e, atualmente, lidera a empresa estrategicamente para escalar o negócio.