Fabio Aubin e Caio Antunes

Após dois meses de campanha, a Made in Natural – primeira empresa brasileira de assinatura de snacks – conquistou a captação de R$ 250 mil pela plataforma de crowdinvesting Broota, portal que permite o contato direto entre empreendedores que buscam capital e investidores que apostam em projetos inovadores. Com a conquista, o objetivo da empresa é ser a melhor marca de snacks naturais do Brasil, ganhar escala e crescer 10 vezes em um ano.

A projeção financeira é aumentar o faturamento anual para R$ 480 mil até outubro de 2016. Quando se trata de captação de recurso, é uma necessidade que a startup cresça em ritmo acelerado. Para multiplicar o faturamento anual, o plano é incluir na estratégia de vendas ações de marketing digital, fidelização e incentivo. Também serão necessários investimentos em tecnologia, comunicação e na estrutura de produção. “A partir de agora, teremos que deixar os processos bem definidos para conseguir deixar a empresa escalável e suportar uma quantidade maior de venda. Precisaremos amarrar todas as métricas para prestar contas para os 40 investidores”, diz o sócio Caio Antunes.

O economista e hoje CEO da Made in Natural, Fabio Aubin, trouxe dos EUA o benchmark para o negócio, mas foi da prática de atividades físicas que ele viu a oportunidade de empreender em alimentação saudável entre as refeições. Com R$ 80 mil de capital inicial, ele e o sócio Caio Antunes colocaram a empresa para funcionar. Após três meses atingiram a venda de mais de 100 caixas por mês e o crescimento médio mensal passou a ser de 20% no boca a boca. Hoje, já foram produzidos mais de 50 rótulos diferentes, sendo que o diferencial da empresa é variedade de produtos, com o objetivo de surpreender os assinantes todo mês com produtos novos, ingredientes raros do Brasil e 100% naturais.

Segundo o maior investidor deles, o anjo da Made in Natural, João Kepler, apostar em uma empresa em estágio inicial é arriscado, e quem investe em startup normalmente tem experiência para avaliar e encontrar projetos autênticos. “Para nós investidores, é importante que as empresas estejam bem preparadas quando começam a buscar uma captação”, explica Kepler. Por isso, desde o início, os empreendedores Fábio e Caio sabiam a importância de documentar todos os indicadores da empresa no dia a dia para que pudessem aplicá-los no momento certo. “Foram preenchidos diversos formulários como startup, criadas diferentes apresentações, desenvolvidas planilhas com projeções detalhadas de fluxo de caixa, plano de negócio, balanços, histórico de resultados, gráficos e tudo o que você pode imaginar para conseguir negociar propostas e conversar com investidores”, detalha Fábio Aubin.

Outro passo importante de startups é selecionar o melhor modelo de captação e, segundo Fábio Aubin, a escolha do crowdinvesting agiliza e torna mais fácil o processo de captação, tanto para empreendedores quanto para investidores. “Mesmo com o avanço no ecossistema em apoio a startups, ainda é muito complicado e demorado conseguir investidores que possam aportar, além de capital, conhecimento, networking, mentoria, etc. Nós escolhemos esse canal por possibilitar que uma ideia inovadora tenha a oportunidade de reunir interessados e ganhe força para se tornar um negócio escalável”, conta o CEO.

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