Do banco do ônibus à expansão do seu próprio negócio

Empresa impacta a vida de milhões de passageiros em todos os cantos do país e tem as maiores marcas do Brasil como clientes e parceiros para tornar a viagem do passageiro mais leve e positiva

Ao utilizar o transporte público todo dia para se locomover de casa para a faculdade, da faculdade para o trabalho, nascia em Ricardo Espírito Santo a ideia que anos depois seria transformada  na Onbus, a maior plataforma de comunicação e experiências com passageiros de ônibus do Brasil. “Eu ficava dentro do ônibus observando o comportamento dos passageiros e refletindo como poderia criar uma interação para melhorar a experiência da viagem”, relembra o CEO e co-fundador da empresa.

Formado em Publicidade pela PUC-Rio, e com MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas, o empresário encontrou na carreira uma forma de entender o funcionamento da sociedade, culturas e tendências que impactam nosso dia a dia e oferecer soluções para transformar vidas. “Vejo a publicidade como uma forma de entender o comportamento humano. O MBA em Gestão de Negócios vem da necessidade de me aprofundar nos processos e métodos para se administrar uma empresa e de tentar organizar um pouco meu raciocínio empreendedor”, explica Ricardo.

Com uma veia empreendedora pulsante em sua personalidade, o empresário tem um histórico curto nas empresas onde passou. A vontade de desenvolver uma empresa própria o deixava inquieto. Mas, suas experiências foram essenciais para aprimorar suas expertises. A vida profissional começou como estagiário de Marketing da Rio Polimeros, passando por jornalista no Fluminense Football Club e funcionário na Globo.com. Durante o trabalho para o site, Ricardo fez parte da equipe responsável pela interatividade entre programas de TV e os canais de internet da Globo, o que na época foi um desafio que lhe rendeu uma efetivação ainda durante o curso na faculdade. “Mas logo em seguida, tomei uma decisão arriscada de sair da Globo para iniciar uma caminhada empreendedora. Não foi fácil, porque eu tinha apenas 21 anos e estava efetivado na maior empresa de comunicação do país, mas resolvi arriscar”, conta ele.

A ideia de construir seu próprio negócio em 2007, aliada à vontade de impactar as vidas que utilizavam transporte público como ele, logo saiu do papel. Após pesquisas e muito estudo de campo, o empresário viu a possibilidade de instalar monitores dentro dos ônibus.”Era um mercado que praticamente não existia no país. A instalação de monitores dentro de ambientes indoor estava iniciando ainda. Fui para os Estados Unidos neste mesmo ano e fiquei um mês em Las Vegas pesquisando sobre a tecnologia e participando de feiras. Na volta para o Brasil, abandonei no inicio a ideia de instalar televisores em ônibus e fundei junto com um socio a UpperMidia, uma empresa de mídia digital indoor em academias, loterias, shoppings, órgão públicos. Alguns anos depois e com uma experiência maior, me juntei ao Francisco e outros sócios, para usarmos essa mesma tecnologia para colocarmos monitores dentro de ônibus”, relata Ricardo. E foi assim que nasceu a Onbus, em 2010, retornando para a ideia inicial de impactar os passageiros.

Hoje a empresa impacta a vida de milhões de passageiros em todos os cantos do país, estando presente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e em Brasília, no Distrito Federal. A empresa é referência em sua área de atuação e contam com as maiores marcas do Brasil como clientes e parceiros, que contribuem para experiências que tornam a viagem do passageiro mais leve e positiva. Além disso, a empresa tem um DNA jovial, que influencia no dia a dia da equipe que trabalha na Onbus. “Esse espírito nos ajuda muito em um ambiente tão tradicional como o sistema de transporte público. Contribui para termos um ponto de vista diferente, um olhar novo e nos ajuda a encontrar novas soluções para os passageiros”, diz ele.
Para chegar até os resultados foi preciso ultrapassar obstáculos.  “O maior desafio foi dar o primeiro passo.  Vencer o medo e as incertezas para acreditar em mim mesmo. Essa insegurança nos faz ficar presos a planejamentos eternos e culparmos tudo ao redor para não sairmos da inércia. Nossa educação não é moldada para o empreendedorismo. Estamos programados a buscar a estabilidade e essa é a palavra que deixa de existir no primeiro minuto que estamos empreendendo”, conclui Ricardo.

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