Embora a diversidade de gênero esteja no foco das discussões corporativos, mulheres em cargo de alta gerência não é realidade nos países da América Latina. O que comprova isso é um estudo produzido pela Hays Executive, que ouviu 480 executivos em cargos de alta gerência em empresas latino amaricanas. Dos líderes ouvidos, apenas 15% são mulheres. Dessas, apenas 2% ocupam cargos nível 1 em suas empresas (CEO, Presidente, Gerente Nacional).
O México é o país com menos mulheres ocupando alta liderança, com apenas 11% dos cargos sendo ocupados por elas. O Brasil vem logo depois, com apenas 12% dos altos cargos ocupados por mulheres. Para Fernanda Siqueira, diretora da Hays Executive, a diversidade de gênero ainda é uma questão importante a ser discutida no ambiente corporativo. “Embora existam discussões sobre o tema, os números mostram que muitas empresas não ultrapassam a barreira do discurso”, diz a Fernanda.
Outro dado que chamou atenção é que as mulheres demoram mais tempo para serem reconhecidas. De acordo com o levantamento, 55% das mulheres em cargos nível 1 têm idade entre 51 e 60 anos. Em contrapartida, a maioria dos homens têm entre 41 e 50 anos. O Chile é o único país que tem mulheres mais jovens, abaixo dos 30 anos, ocupando cargos nível 1.
A diversidade de gênero é algo muito latente. Dificilmente uma empresa sobreviverá por muito anos se ignorar essas e outras questões ligadas à diversidade. “Vivemos um momento em que a diversidade não pode ser ignorada, o consumidor cobra e isso se reflete em toda a cadeia”, explica a executiva.
A boa notícia é que algumas empresas já estão trabalhando para reduzir essa diferença dentro de seus escritórios e exigem a presença de mulheres na lista de candidatos em um processo seletivo. Outro ponto importante é que cresceu a demanda por profissionais, principalmente em empresas multinacionais, para construir a área de diversidade de diversas empresas.