Comércio de imóveis cresce acima do esperado na cidade de São Paulo

As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo cresceram 23,6%  no ano passado, comparado a 2012. O movimento superaou a expectativa do setor que era de uma expansão entre 10 e 15%. Quase um terço, ou 28% das 33.319 unidades negociadas, refere-se a empreendimentos com um dormitório cuja comercialização, praticamente dobrou, passando de 4.202 para 8.391 imóveis.

Mas as unidades de dois dormitórios continuam  liderando a expansão de procura, com 14.674 negócios e alta de 14,7%.

De acordo com os dados divulgados ontem (11) pelo Sindicato da Habitação (Secovi), os negócios aumentaram em rimo maior do que o de lançamentos, que teve alta de 16,4%, mas a procura ficou em sintonia com o total de unidades lançadas no período (33.198). O volume financeiro teve expansão ainda mais significativa, de 30,2%, e movimentação de R$ 19,1 bilhões.

Na avaliação do presidente do Secovi de São Paulo , Claudio Bernardes, o bom desempenho do setor ajudou a evitar que o país tivesse um Produto Interno Bruto (PIB) – soma dos bens e serviços produzidos no país – ainda menor em 2013.

Segundo defendeu o executivo, o aquecimento e os preços  dos imóveis, com cotação média acima de R$ 8 mil por metro quadrado, não embutem a presença de especuladores. São resultado de aquisições do primeiro imóvel, feitas por jovens adultos na faixa de 35 anos, já que existe crédito e taxas de juros baixos.

“A maioria das vendas no país é para pessoas de 35 anos e 70% dos financiamentos para os que  estão adquirindo o primeiro imóvel, e com esse número tão grande, seguramente, não são investidores e nem especuladores com base em uma negociação futura imediata. Isso significa que não tem bolha imobiliária no Brasil”, ressaltou Bernardes. Com base em projeções do Secovi, ele prevê que neste ano haverá estabilidade nos negócios.

O economista-chefe da entidade, Celso Petrucci, esclareceu que as vendas deverão sofrer algum impacto em razão do ano atípico, com Copa do Mundo e eleições, antecipação de férias e períodos mais prolongados de inatividade dos negócios.”Estamos prevendo vendas e lançamentos de 33 mil unidades, e os financiamentos podem crescer 15%, já que temos estoques a serem ofertados”, disse ele.

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