Evolução financeira superior às empresas do setor e investimento acima da média do mercado são os principais resultados de um estudo realizado pela Serasa Experian, a pedido da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). A pesquisa foi realizada a partir dos demonstrativos financeiros de 245 organizações que utilizam o MEG, comparando-as com a média dos resultados econômico-financeiros das empresas dos mesmos setores de atuação. O estudo acompanhou a evolução dessas organizações entre os anos de 2000 e 2012.
De acordo com a pesquisa, as organizações avaliadas que utilizam o Modelo de Excelência da Gestão (MEG), disseminado pela FNQ, apresentam evolução em seu faturamento, com aumento do lucro e realização de mais investimentos. Em relação à evolução no faturamento, as empresas usuárias do Modelo tiveram um avanço de 114,3%, enquanto as outras companhias do mesmo setor cresceram 96,8%.
Outro indicador positivo revelado pelas empresas que adotam o MEG diz respeito ao quesito investimento: a pesquisa mostra que as organizações do setor de serviço investem 14,1% do seu faturamento. As empresas do mesmo setor aplicam 11,9%. No setor de indústria, a média de investimento é de 12,4% para as empresas que adotam e 7,4% das empresas que não adotam o Modelo.
Já o porcentual da Margem Ebtida (lucro da empresa, desconsiderando juros, impostos, depreciação e amortização) sobre o faturamento líquido das indústrias usuárias do MEG foi de 23%, enquanto que o das outras do mesmo setor foi de 12,5%. Do setor de serviço, as organizações que adotam o MEG tiveram retorno de 19,7% no seu faturamento. As empresas do setor, um pouco menos, 17,1%. As empresas do comércio também tiveram Margem Ebtida superior: 5,2% para as que adotam o Modelo e 4,3% as que não utilizam a metodologia.
O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) é um instrumento referencial para a melhoria de práticas e o alcance do sucesso do negócio. De acordo com o superintendente-geral da FNQ, Jairo Martins, os resultados positivos do ponto de vista econômico-financeiro, revelados pela pesquisa, comprovam a eficiência da utilização de um Modelo de Gestão adaptado ao cenário brasileiro. “Diante do atual cenário de instabilidade e imprevisibilidade econômica, a implantação do MEG é vista como grande contribuinte para que as empresas estejam atentas às tendências mundiais e preparadas para responder às transformações globais, como o crescimento demográfico, o surgimento de mercados emergentes e as novas tecnologias. Somente assim, torna-se possível competir em um mercado local e globalizado”, afirma.
O MEG é baseado em 13 Fundamentos de Excelência, que refletem as transformações tecnológicas, econômicas e sociais do século 21. Estes fundamentos são os pilares que vão sustentar a gestão de uma organização e prepará-la para se adaptar às constantes mudanças e à imprevisibilidade de cenários globais.
Com a utilização do MEG, o gestor passa a ter uma visão sistêmica da gestão organizacional. A aplicabilidade e avaliação do modelo se dão por meio da análise de oito critérios de excelência (Liderança, Estratégias e Planos, Clientes, Sociedade, Informações e Conhecimento, Pessoas, Processos e Resultados). O processo de atualização desses critérios pela FNQ é periódico e serve de benchmark para organizações correlatas no mundo.