Em 2010, o Brasil tinha aproximadamente 4,5 milhões de empresas ativas, de acordo com o Cadastro Central de Empresas (Cempre), sendo 78% (3,5 milhões) sobreviventes (empresas existentes em 2007 e que permaneceram ativas em 2010) e 22,1% (999,1 mil) recém-criadas. Ou seja, de cada cinco empresas existentes uma era nova. Os dados fazem arte do estudo Demografia das Empresas 2010 divulgado hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ao analisar a evolução de taxas de entrada e saída de empresas no mercado, o estudo apontou estabilidade nas taxas de entrada, que apresentaram leve queda de 0,1 ponto percentual de 2009 para 2010 (de 22,2% para 22,01%). Já a taxa de saída das empresas recuou 1,4 ponto percentual em relação a 2009, passando de 17,7% (736,4 mil) para 16,3% (755,1 mil). Com isso, o saldo no total de empresas ficou positivo, ao registrar um acréscimo de 6,1% no número de empresas (261,7 mil empresas a mais).
Apesar dos números positivos, o estudo mostra também que quase 50% das empresas criadas em 2007 não existiam mais em 2010. Segundo o IBGE, no período estudado, essas empresas ocupavam 37,2 milhões de pessoas, sendo 30,8 milhões (82,9%) como assalariados e 6,4 milhões (17,1%) na condição de sócio ou proprietário. Com as novas empresas, entraram para o mercado de trabalho mais 1 milhão de assalariados (3,3%). As saídas corresponderam a um decréscimo de 363,8 mil (1,2%) assalariados.
Por atividade econômica, as maiores taxas de entrada foram observadas no setor da construção (31,2%); de eletricidade e gás (29,1%) e em outras atividades de serviços (28,5%). Já as empresas que mais saíram do mercado estavam voltadas a atividades de arte, cultura, esporte e recreação (20%), outras atividades de serviços (19,8%) e informação e comunicação (19,5%).
O Sul e o Sudeste apresentaram as maiores taxas de empresas sobreviventes (79,3% e 78,9%, respectivamente) acima da média nacional, de 77,9%. Mas as maiores taxas de entrada e saída foram observadas no Norte (28,5% e 19,6%) e Nordeste (24,9% e 17,4%), assim como as menores taxas de sobrevivência, 71,5% e 75,1%, respectivamente.