Especialista em educação financeira dá dicas para desempregados

Durante o ano de 2019, o desemprego no Brasil registrou queda significativa. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último mês, o desemprego atingiu 11,2% da população durante os meses de setembro, outubro e novembro. É a menor taxa desde os dados divulgados em maio de 2016, quando 10,9% da população estavam desempregados.

Na comparação com os três meses encerrados em agosto, houve uma alta de 1,1% na geração de empregos com carteira de trabalho, maior crescimento desde o trimestre encerrado em maio de 2014. Atualmente são 33,4 milhões de trabalhadores nessa categoria.

Apesar de o desemprego ainda atingir 11,9 milhões de brasileiros, começamos a perceber uma melhora gradual na economia do país, e a tendência é que em 2020 esse número continue a diminuir.

Analisando o cenário atual, o especialista em educação financeira Uesley Lima separou dicas importantes para quem está desempregado e tem interesse em voltar para o mercado de trabalho. “O momento de retomada da economia está chegando, investimentos estrangeiros estão vindo para o Brasil e novas vagas de emprego aparecerão: temos que estar preparados quando a oportunidade finalmente aparecer”, afirma Lima.

Segundo o IBGE, em 2019 o Brasil chegou a ter 4,905 milhões de desalentados, pessoas que estavam fora da força de trabalho por não conseguirem trabalho, por não terem experiência, por serem muito jovens ou idosos ou por não terem encontrado trabalho na localidade. Para Uesley Lima, a procura por um novo emprego deve ser tratada como sua nova profissão. “Ficar estagnado em casa, angustiado, esperando o emprego bater à porta não é a solução. É preciso acordar cedo, preparar currículo, ficar atento às notícias do mundo, sair de casa, ir a agências de emprego, saber onde procurar emprego, conversar com amigos sobre essa questão. Essas e outras iniciativas devem ser colocadas em um fluxo”, completa.

Outro ponto abordado pelo especialista é o ajuste de contas. “Corte o supérfluo, pois você não sabe quanto tempo ficará na situação de desempregado. Exponha sua situação para a família a fim de não gastar o dinheiro com atividades que podem ser cortadas. Adequar o dinheiro para um período de tempo sem ele é o ideal a se fazer no momento do desemprego”.

Ainda de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o trabalho informal ou por conta própria atingiu a marca de 24,6 milhões de pessoas, novo recorde na série histórica do IBGE. Para Lima, esse pode ser um bom momento para conseguir um dinheiro extra. “A fase do desemprego é um momento de explorar as habilidades individuais, sejam elas quais forem. É hora de fazer um freelance. Todo recurso que entrar no seu bolso é válido para eventuais necessidades que surgirem. Fazer isso, inclusive, contribui para que você não fique à toa, desanimado”.

Apoiando-se na evolução dos números divulgados em 2019, Uesley acredita que 2020 será de melhora para o brasileiro desempregado. “Sabemos que o momento de desemprego é difícil. Mas os números encorajam você, a taxa de desemprego é a mais baixa desde 2016. Mantenha o otimismo, jamais se acomode ou desanime, corra atrás, pois a oportunidade aparecerá, e quando isso acontecer você deve estar pronto para agarrá-la”, finaliza.

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