Intenção de consumo cai e Fecomercio vê influência das manifestações

A onda de manifestações iniciada em julho último, na cidade de São Paulo, fez com muitas pessoas desistissem de sair de casa para ir às compras. É o que mostra o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Além de atribuir o desempenho ruim às manifestações, a FecomercioSP ressalta que a queda reflete também o endividamento das famílias, a inflação em alta e o baixo crescimento econômico do país.

O índice atingiu 122,4 pontos, o que é 6,3% menor do que em junho e 14% abaixo do apurado em igual mês do ano passado. Em uma escala que vai de 0 a 200, o resultado é considerado satisfatório sempre que ultrapassa 100 pontos. No entanto, a pontuação de julho foi a segunda menor da série histórica iniciada em agosto de 2009, quando atingiu 120,3 pontos.

A pesquisa feita com 2,2 mil consumidores leva em consideração sete itens: emprego atual, perspectiva profissional, renda atual, acesso ao crédito, nível de consumo atual, perspectiva de consumo e momento para duráveis.

Em julho, ocorreram quedas – com relação a junho – em todos os itens, com destaque para a perspectiva de consumo (-14,3%), seguido por momento para duráveis (-8,1%), perspectiva profissional (-5,6%), renda atual (-4,4%), nível de consumo atual (-4,4%), emprego atual (-4%) e acesso ao crédito (-3,3%).

Sobre julho do ano passado, o recuo mais expressivo ocorreu no segmento perspectiva de consumo, com retração de 22,3%.

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