Em tempos de pandemia, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e outros órgãos públicos e entidades representativas privadas sugerem, acertadamente, processos alternativos de atuação e flexibilização da jornada para minimizar a exposição dos colaboradores.
Entretanto, a adoção do teletrabalho pode trazer riscos quanto à proteção de dados de pessoas e clientes. Por isso, especialistas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) sugerem medidas para garantir que não haja vazamentos nem uso indevidos de informações de terceiros. A segurança é fundamental, ainda mais pelo fato de que a LGPD passa a vigorar em agosto.
Para o advogado Lucas Paglia, sócio da P&B Compliance e especialista em Proteção de Dados, a maioria das pequenas e médias empresas não está preparada para o trabalho home office. “Algumas medidas de segurança tem que ser tomadas, como a instalação de alguns mecanismos de segurança da informação para evitar vazamento de dados”, explica Paglia. “Tem muita empresa mandando os funcionários para casa sem laptop e com as CPUs (microcomputadores de mesa) sem orientar qual rede de Wi-Fi pode ser acessada.”
Em alguns casos, conta Paglia, os funcionários “estão copiando e colando as pastas de clientes com documentos sigilosos, sensíveis ou confidenciais nos seus desktop e levando pra casa, colocando em Pen Drives que não são seguros ou tirando estas informações da nuvem, que é um local seguro, porque não vão conseguir acessar à distância.