Empresários do setor têm reunião marcada com a presidente Dilma Rousseff na próxima quarta-feira (22)
A Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) irá negociar com o governo federal o fim dos limites do Simples, por 25 ou 30 anos, para as empresas de confecção em todo o país, independente do porte. A informação foi dada nesta segunda-feira (20) pelo diretor executivo do Programa TexBrasil, Rafael Cervone Netto, na abertura do Salão Moda Brasil, em São Paulo.
O objetivo, segundo ele, é fortalecer o “elo mais frágil” da cadeia têxtil, que é a indústria de confecção. “Sabemos que, se as empresas que produzem vestuário estiverem fortalecidas, todo o setor terá sustentabilidade. Estive há pouco nos Estados Unidos e lá estão discutindo porque não deram atenção às confecções locais”.
Segundo Cervone Netto, os empresários do setor terão uma reunião com a presidente Dilma Rousseff na próxima quarta-feira (22), em Brasília. “Vamos apresentar várias pesquisas mostrando que diminuir impostos aumenta o número de empregos e a produção nacional. Por enquanto, porém, não posso divulgar esses números”.
A cadeia produtiva têxtil possui cerca de 30 mil empresas, sendo 85% delas indústrias de confecção. “Dessas, 85% já estão no Simples. Queremos que essas empresas possam crescer e se juntar com outras, como estão acontecendo em outros países”, diz o representante da Abit.
A entidade diz que o setor sofre com três gargalos importantes: importação de produtos asiáticos, o que gera competição desigual com os produtos brasileiros, câmbio e custo Brasil. “A China exportou no ano passado 70 mil toneladas de vestuário para o Brasil. A Receita Federal tem computado apenas 50% disso. O restante está entrando no país de outras maneiras. Estamos conversando com a Receita Federal sobre isso”.