Microempreendedor individual é qualificado e quer crescer

O número de microempreendedores individuais vem crescendo rapidamente. Com perfil heterogêneo, mas cada vez mais qualificado, a maior parte dos MEI deseja crescer e possui visão empresarial. Essas são as principais conclusões da pesquisa “Perfil do Microempreendedor Individual”, que também foi apresentada no Fórum de Cidadania Financeira, realizado pelo Banco Central em parceria com o Sebrae em Brasília.

Segundo dados da pesquisa, os MEI atuam principalmente nas áreas de comércio (38%) e serviços (37%) e possuem entre 31 e 40 anos (33%). Concentrados na alta classe média (27%) e baixa classe alta (25%), eles também têm boa escolaridade: 20% possuem ensino superior completo ou mais; 42% ensino médio ou técnico completo e 38% até médio ou técnico incompleto. A maior parte deles (63%) buscou a formalização por considerá-la boa para seu negócio, e 77% dizem querer crescer e se tornar microempresa.

Mas isso não acontece por falta de interesse dos MEI, pois eles são muito ativos na demanda de crédito não bancário. Segundo o levantamento do Sebrae, 80% dos MEI utilizam hoje algum tipo de financiamento (cheques pré-datados, negociação com fornecedores ou outro tipo de transação). Porém, somente 40% obtiveram empréstimo em bancos nos últimos cinco anos e apenas 20% recorreram a esse expediente em 2015 – e 10% foram bem sucedidos em obter recursos.

Os MEI, aponta a pesquisa do Sebrae, se inserem frequentemente como pessoa física no sistema financeiro. Comparados com as pequenas empresas, os microempreendedores individuais são os que proporcionalmente mais fizeram empréstimos em bancos em nome da pessoa física nos últimos cinco anos. Entre os que contraíram empréstimo em banco, o percentual é de 46% entre os MEI, 17% nos microempresários e 8% dos empresários de pequeno porte.

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