As empresas de alto crescimento (com crescimento médio regional igual ou maior que 20% ao ano) geraram em 2010 um total de 5 milhões de empregos no país, o que representou um aumento de 175,4% ou 3,2 milhões de novos postos de trabalho, em relação a 2007. As informações fazem parte do estudo Demografia das Empresas 2010, divulgado hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2010, havia 33.320 empresas de alto crescimento. O número de empresas de alto crescimento aumentou 7,7% em 2010 na comparação com 2009. O índice ficou acima do aumento do número de empresas ativas (6,1%). Apesar desse aumento, o incremento do pessoal assalariado ficou abaixo dos anos anteriores. O número de assalariados nas empresas de alto crescimento representavam, em 2010, 16,2% do total de 30,8 milhões de vínculos assalariados formais nas empresas, inferior aos resultados apresentados em 2009 (16,6%) e 2008 (16,7%). Enquanto o pessoal assalariado das empresas cresceu 9,1%, o das empresas de alto crescimento aumentou 3,1%, quase três vezes menos.
Entretanto, o IBGE afirma que apesar dessa queda na participação, as empresas de alto crescimento (que representam 0,7% das empresas brasileiras) foram responsáveis por 58,2% dos novos empregos entre 2007 e 2010. A atividade que gerou mais postos assalariados nesse período foi o da indústria de transformação, com 23,3% (742,3 mil). O comércio foi a atividade com maior participação entre as empresas de alto crescimento: 26,6%.
Nesse setor, as empresas “gazelas” (com até oito anos de existência) totalizaram 12,5 mil empresas, uma taxa de 7,2%. Em relação a 2009, o número de "gazelas" cresceu 5,2%. O resultado, inferior no conjunto de empresas de alto crescimento, representa queda na participação relativa dessas empresas no conjunto das de alto crescimento. Apesar dessa redução, a participação dessas empresas no pessoal assalariado (26,3%) ficou acima do resultado de 2009 (25,8%), embora abaixo de 2008 (28%).
Em 2010, 50,9% das empresas de alto crescimento eram pequenas (mantinham entre 10 e 49 empregados), 39,3% eram médias (de 50 a 249 empregados) e 9,8% grandes (250 pessoas ou mais ocupadas). Apesar do predomínio das pequenas empresas entre as de alto crescimento, o estudo mostra que as grandes empresas foram as que apresentaram maior participação no pessoal assalariado (62,6%).